É estranho ver uma série de tanto sucesso na TV como 24 Horas não conseguir chegar aos cinemas justamente na época em que outra série não tão impactante, Sex And The City, chegou e mandou bem nas telonas. Hoje chega às locadoras 24 Horas: Redenção, filme que a Fox vendeu como “feito para a TV”, e foi direto para DVD sem tentar carreira nos cinemas.
No filme, Jack Bauer (Kiefer Sutherland) não precisa de 24 horas, mas apenas duas horas para salvar o mundo, ou pelo menos um grupo de crianças africanas do genocídio total. O nome Redenção é bem apropriado. Escondido num país miserável da África, Bauer busca o perdão dos seus pecados – como usar a tortura como forma de interrogatório – por meio de trabalho humanitário. Mas uma intimação o pressiona a voltar para Washington, onde um político (Jon Voight) está ajudando a levantar um exército revolucionário no país africano. Em duas horas, Bauer precisa salvar o máximo de crianças possível das mãos dos terroristas.
Enquanto isso, em Washington, toma posse a nova presidente dos Estados Unidos, vivida por Cherry Jones. Como o filme foi rodado antes da vitória de Barack Obama nas eleições de 2008, a Fox pode ter feito uma homenagem a Hilary Clinton, ainda porque em 24 Horas já houve um presidente negro, vivido por Dennis Haysbert. Mostrando uma visão simplista e conservadora da ONU, 24 Horas: Redenção é uma mistura de Rambo com Hotel Ruanda. Talvez esteja aí a razão que o tenha deixado bem longe dos cinemas. As informações são do Jornal da Tarde.