Um dos mais belos contos infantis da literatura mundial, “A Bela e a Fera”, dá sequência em setembro a programação do primeiro festival de contos de fadas do Brasil, “Era uma vez…eram duas, eram três”, que estreou em junho em Curitiba e segue até novembro. A obra clássica de Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont  ganha uma versão inédita da Cia do Abração, por meio de uma adaptação  para o contexto brasileiro dos bailes de carnaval. Com realização do Ministério da Cultura, apresentação da Montenegro Produções Culturais e apoio do Hospital Pequeno Príncipe, o espetáculo será encenado, nos próximos dias 13 e 14 de setembro, no palco do Teatro Bom Jesus (R: 24 de maio, 135), às 16horas. Toda a renda da bilheteria será doada ao Hospital Pequeno Príncipe.

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A montagem apresenta o pedido de Bela a seu pai, um ex-compositor de samba, agora caixeiro viajante, que lhe traga de presente o samba da Rosa. Infortunadamente, o pobre homem escuta o samba vindo do castelo de uma terrível Fera. A trama leva para uma reflexão sobre a importância da música e da poesia na construção das relações humanas.

“A Bela e a Fera”, em sua essência, é uma peça para toda a família. Sua mensagem é simples, eficiente e capaz de emocionar, ao combater o preconceito e dizer aquilo que deveria ser natural e inerente às relações humanas: o que importa é o caráter de uma pessoa, suas intenções e atitudes, e não apenas seu visual.                     

O enredo original traz uma velha senhora que chega ao castelo de um príncipe cruel e mimado e oferece-lhe uma rosa em troca de abrigo para o frio.  Horrorizado pela feiura dela, o príncipe manda-a embora. A velha senhora percebe que não havia amor no coração dele e transforma-o numa fera horrenda e joga uma praga no castelo e em todos que lá viviam. A rosa que ela ofereceu era encantada e irá florescer até o 21º ano, tempo que ele terá para amar e ser amado. Só assim conseguirá quebrar o feitiço, caso contrário, estará condenado a ser fera para sempre. A sua sina começa a mudar quando a fera conhece uma jovem chamada Bela. Entremeada por cenas de amor, ciúmes, ódio, paixão, companheirismo, cuidado e solidariedade, a peça encanta tanto crianças quanto adultos.

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Cumprindo o objetivo de promover a democratização do acesso aos bens culturais, o projeto ainda prevê contações de histórias mensais no Hospital Pequeno Príncipe e apresentações exclusivas dos espetáculos encenados no Teatro Bom Jesus, para os alunos da Associação Eunice Weaver.

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Segundo Letícia Guimarães, diretora da Cia do Abração, e parceira na elaboração do projeto, o objetivo da mostra é contribuir para a formação de jovens plateias fundamentada nos princípios da arte/educação. “Através da música e do teatro, crianças e adultos são convidados a viajar a tempos antigos, vivenciando histórias como nunca antes”, afirma. Originário do latim fatum, o termo fada designa destino, fatalidade. Assim, os contos onde há o emprego de soluções mágicas em seu desfecho, são igualmente considerados contos de fadas, ainda que não haja a presença de uma delas. Independente da narrativa, vamos encontrar a presença do herói (ou heroína) submetido à provação e que necessita atravessá-la, superando os obstáculos para alcançar sua redenção e merecido final feliz. Se muitas gerações tiveram a oportunidade de mergulhar no universo mágico dos contos de fadas, e nossas lembranças estão recheadas de noites maravilhosas que embalaram nossos sonhos, hoje ca,da vez mais raro é a oportunidade de apresentá-lo às nossas crianças, emersas na correria do mundo contemporâneo.

Para Carolina Montenegro, diretora da Montenegro Produções Culturais, os contos de fadas estão envolvidos no universo de mistério e magia que sobrevive à aparente transparência da era das comunicações, com seu imperativo de tudo mostrar, tudo dizer, tudo exibir.  “O encantamento experimentado pelos contos de fadas não vem somente do significado psicológico, mas das suas qualidades literárias, o próprio conto como uma obra de arte”, ressalta.

Após “A Bela e a Fera”, a programação dá sequência com os seguintes contos: “O Gato de Botas”, 11 e 12 de outubro, e encerra com “O Mágico de Oz”, nos dias 08 e 09 de novembro.

Desenvolvido com incentivo fiscal, por meio da Lei Rouanet, o projeto será executado com patrocínio de empresas do Paraná,  Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dentre elas: Nórdica Veículos, Arcelor Mittal Govarri, Mili, Ciapetro Distribuidora de Combustíveis, Granjeiro Alimentos, Ademilar Administradora de Consórcios, Marelli Móveis, Balaroti, Westaflex Tubos Flexíveis, Sul Defensivos Agrícolas, Disam Distribuidora de Insumos Agrícolas, Zen S.A, Yoshii Engenharia e Construções, Slaviero Hotéis, Engepeças Equipamentos, Deycon Comércio, Kurashiki do Brasil, Tratornew e Bardusch Arrendamentos.

Serviço

I Festival de Contos de Fadas – “Era uma vez…eram duas, eram três”

Conto: A Bela e a Fera

 Local: Teatro Bom Jesus (R: 24 de maio, 135)

Quando: 13 e 14 de agosto de 2014 (Sábado e Domingo)

Horários: Abertura do teatro: 15h / Início do espetáculo: 16h

Tempo do Espetáculo: 50 minutos

Ingressos

Valores:

R$36,00 (inteira) e R$21,00 (meia-entrada).