O Quinteto em Branco e Preto: jovens bambas. |
Para quem gosta de samba, a noite de hoje no Cine Música (Av. João Gualberto, 81), é imperdível. Os jovens sambistas do Quinteto em Branco e Preto se apresentam na abertura do projeto Sambaqui, ao lado do curitibano Ciro Morais e seu Departamento de Samba. A intenção é trazer semanalmente uma atração local, ao lado de um grupo de samba convidado.
O Quinteto em Branco e Preto, que tem como padrinhos ninguém menos que Beth Carvalho e Nei Lopes, vai apresentar ao público da capital o segundo CD de carreira, Sentimento Popular, considerado pela crítica especializada o melhor lançamento do autêntico samba de raiz neste ano. Aliás, o quinteto paulista tem sido aclamado como a melhor notícia do mundo do samba dos últimos anos. A formação traz Magno de Souza (o mais velho, tem 28 anos, toca pandeiro). Seu irmão, Maurílio, 24 anos, cavaquinhista. Os outros integrantes também são irmãos: Yvison, de 25 anos, responde pelas percussões diversas; Everson, de 24, toca violão; e Victor Hugo, de 21, fica com a responsabilidade do surdo.
Nos últimos anos, acompanham os grandes sambistas do Rio de Janeiro que visitam a cidade de São Paulo, de Nei Lopes a Monarco, Noca da Portela, Walter Alfaiate, Wilson das Neves, Almir Guineto e muitos outros. Quem viu primeiro, e batizou o grupo, foi Beth Carvalho, com seu faro insuperável.
Passaporte
Além de bons instrumentistas, os jovens sambistas são compositores, cantores e arranjadores. Com Sentimento Popular que tem a participação especial de Beth Carvalho, Nei Lopes e Xangô da Mangueira -, o quinteto carimba o passaporte para o panteão do samba de raiz. Hoje os bambas fazem questão de ter o Quinteto em Branco e Preto em seus shows.
Ciro Morais
A atração que abre a noite é o sambista paranaense Ciro Morais, com o grupo Departamento de Samba. No show eles apresentam clássicos do gênero. O repertório abrange os trabalhos de inúmeros compositores, como Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Assis Valente, Sinhô, Ismael Silva, Cartola, Candeia, Aniceto, João da Baiana e outros mestres. Também exalta compositores contemporâneos, como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Arlindo Cruz, Luiz Carlos da Vila, Almir Guineto, João Nogueira e Mauro Duarte. Os intérpretes também são valorizados, principalmente Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Ciro Monteiro, Roberto Silva, Aracy de Almeida, Mário Reis e outros. O Departamento de Samba é formado por Jorge Ortega (bateria), Mania (cavaquinho), Paulinho (violão), Adilson (surdo), Maguinho da Ilha (pandeiro e percussão geral e Jóia (rebolo).
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Hoje, às 22h, no Cine Música. Ingressos a 12 reais. Informações pelo telefone (41) 3024-8081.