Noam Chomsky critica intervenções da Otan

Em Uma Nova Geração Define o Limite (Ed. Record, 176 págs., R$ 22), que está saindo do forno, Noam Chomsky – um dos mais visionários e eloqüentes analistas de política internacional, presença marcante nas duas últimas edições do Fórum Social Mundial de Porto Alegre – discute o suposto direito de intervenção por razões humanitárias pelas grandes potências, analisando as crises internacionais geradas com a guerra do Kosovo e o plebiscito sobre independência de Timor Leste.

Para ele, uma das principais novidades das relações internacionais nos anos 90 teria sido, supostamente, o direito de intervenção por razões humanitárias. Em casos de graves violações dos direitos humanos por ditadores ou guerras civis, as grandes potências se arrogaram o direito de usar a força. O exemplo mais evidente foi a guerra do Kosovo, em que a aliança militar ocidental, a Otan, bombardeou durante 78 dias a Sérvia, Montenegro e a província do Kosovo (então sob dominação sérvia, mas de maioria albanesa).

No livro, Chomsky, lingüista e professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), denuncia essas intervenções supostamente humanitárias, acusando-as de ser seletivas e de servir apenas como desculpa para encobrir os verdadeiros objetivos das grandes potências. Com base em ampla documentação, Chomsky analisa duas crises internacionais que marcaram o ano de 1999: a guerra do Kosovo e o plebiscito sobre a independência do Timor Leste.

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