Não é difícil ver Fábio Porchat. Integrante do canal online Porta dos Fundos, volta e meia ele aparece em algum vídeo. O humorista também ganhou, recentemente, um programa diário no Multishow, que apresenta ao lado de Tatá Werneck. No ano passado, esteve no cinema com Meu Passado me Condena e passou a ter uma coluna dominical no jornal O Estado de S.Paulo. A partir desta sexta-feira, 01, vai ser possível vê-lo, também, no teatro. Porchat estreia Meu Passado me Condena – A Peça e faz nova temporada de seu espetáculo de stand-up Fora do Normal – ambos no Teatro Frei Caneca.

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“Sou multifuncional, ligado na tomada. Se eu fizesse uma coisa só, ia fazer mal”, diz Porchat. “A superexposição é boa, ninguém assiste a tudo. Quem vê tudo é o fã, que quer sempre mais. Aparecer em mídias diferentes dá ao público a chance de me ver de diversas maneiras.”

Meu Passado… começou em 2012 como uma série no Multishow, assinada por Tati Bernardi. “Assim como o Fábio, eu era muito apaixonada pela série Os Normais e tinha vontade de escrever um texto sobre um casal inspirado também em Woody Allen, que se ama, mas briga”, diz Tati. Na série, que tem duas temporadas, Fábio e Miá emprestam seus nomes aos personagens, que se casam apenas um mês após se conhecerem. Na lua de mel, descobrem que têm algumas diferenças e começam a trocar farpas.

O filme homônimo, que foi lançado em 2013 e superou os três milhões de espectadores, segue o mesmo enredo, com a diferença de que a lua de mel se passa em um cruzeiro. Há uma segunda edição que deve ser gravada no fim deste ano, em Portugal, para ser lançada em 2015. O longa mostrará Fábio e Miá cinco anos após o casório.

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Na adaptação para o palco, Tati condensou os conflitos do casal nas poucas horas entre o fim da festa de casamento e a preparação para a viagem à Europa. Em um novo apartamento lotado de caixas de mudança e de presentes de casamento, eles começam a divergir sobre a melhor maneira de aproveitar o tempo. A discussão cresce e começa a abordar o passado de ambos, é claro, e alguns clichês de casal, como críticas à sogra e ciúmes de ex-namorados.

“Apesar da personagem ter o meu nome, eu não me enxergo nela”, diz Miá. “Ela quer saber tudo sobre ele, como se sente sobre as coisas, o que fez antes de conhecê-la. Eu não faço isso porque acho que desgasta.”

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Porchat também não se identifica com o personagem Fábio. “Ele é muito crianção. Eu, apesar de ser um pouco bobalhão, não sou tão infantil assim. Sou tranquilo, zero ciumento, nem quero saber do passado.”

Nas mesmas noites em que encenar Meu Passado…, Porchat volta ao palco para apresentar Fora do Normal. Com quatro anos de estrada, o espetáculo de stand-up já passou por várias cidades do Brasil, além de países como Japão, Portugal e Inglaterra. O humorista sobe no palco sem cenário e sem trilha sonora para fazer piadas sobre situações cotidianas e contar histórias pessoais. A peça segue rigorosamente igual. “Alguém pergunta para Shakespeare se Romeu e Julieta morrem no final? É uma peça como qualquer outra, com o mesmo texto”, brinca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.