No show de homenagem aos 30 anos do Rock in Rio, tudo era permitido

Faltando cinco minutos para as 19h, uma bateria de fogos de artifício foi acionada e o espetáculo das cores, mais cores do que barulho, chamou um grande número de pessoas para a frente do Palco Mundo, no Rock in Rio, com certo suspense. Muita gente sabia que o tema desta edição seria de nostalgia, dos trinta anos que se passaram desde as primeiras noites de um projeto que nasceu no deserto de credibilidades de 1985.

Frejat, ainda com o palco escuro, fez então o primeiro acorde de Pro Dia Nascer Feliz e aquilo funcionou como uma explosão. A massa de som, bem equilibrada, fez a plateia levantar como num gesto automático, e ficou difícil não pensar em 1985 mesmo para quem não era nascido em 1985. Depois dele, Ney Matogrosso veio sem avisar, de preto, olhos pintados, cantando com o Barão Vermelho Por que a Gente É Assim? Ney foi espetacular. Tinha uma música e a usou como se fizesse um show inteiro. Depois, ainda, cantou com o peso das guitarras que lhe havia nas costas Rua da Passagem, de Lenine.

O Palco Mundo viveu instantes de Palco Sunset. Samuel Rosa, saltitante e quase descontrolado em sua empolgação, cantou com o Skank Vou Deixar para receber logo depois Erasmo Carlos, que chamou de o homem que criou o rock brasileiro. No ritmo sem pausas, Erasmo fez Pode Vir Quente Que Estou Fervendo e, depois, É Proibido Fumar. Ivan Lins, Blitz, Paralamas do Sucesso, a temática dos 30 anos funcionava como uma bênção dos céus em um ano de vacas magras. De repente, tudo parecia permitido em nome da saudade.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo