Do mangá oriental ao suspense com sabor tropical, autores brasileiros estão em alta nos lançamentos deste semestre da Via Lettera.
O destaque é Mangá Tropical (96 páginas) que, em seis histórias de Alexandre Nagado, Arthur Garcia, Sílvio Spotti, Fábio Yabu, Elza Keiko, Daniel HDR, Edh Muller, Rodrigo de Góes, Erica Awand, Denise Akemi e Marcelo Cassaro, traz a cor verde-amarela para o estilo japonês de fazer história em quadrinho. Os temas são variados, mas em comum as tramas do Brasil atual. Enfim, o cenário é nacional mas os traços têm influência do mangá.
Para Alexandre Nagado, “mangá brasileiro é praticamente uma categoria própria, sem a pretensão de rivalizar com os originais, mas sim mostrar como a arte de Osamu Tezuka e seus seguidores vêm influenciando muitos artistas deste lado do mundo”.
A Via Lettera apresenta também Central de Tiras, com obras de vinte autores – Galvão, Orlandeli, Ruis, Leandro, Bio, Junião, Chantal, Horton, Rogério, Érico, Olante, Moretti, Marcelo, Stocker, Cedraz, Senna, Saul, Rocco, Salvador e Faoza. Os artigos lançam luz em passagens históricas, transitam pela origem do formato no mundo e debatem o mercado de tiras nacionais.
Ragu, editada por Mascaro e Lin, mostra o humor gráfico brasileiro da última geração. A revista pretende ser a voz de HQs autorais, instigantes. E uma nova voz é a de Ricardo Bellísimo, que surge em Sombras e nefastos. Por meio de uma linguagem ácida e irônica, ele conta a história de chantagens, mortes misteriosas e intrigas.
Animação japonesa
A Danketsushou-Associação de Mangá, Anime e Cultura Japonesa promove hoje e amanhã, às 15h, a exbição dos filmes do Studio Gnibli e animação japonesa, na Biblioteca Publica do Paraná.
A entrada é franca e acompanha a mostra. A literatura brasileira nos olhos grandes do mangá.