No Fun At All faz shows em São Paulo neste fim de semana

É impressionante a capacidade que a Suécia tem de revelar boas bandas em vários estilos do rock, especialmente no hardcore: por exemplo, Millencolin, Satanic Surfers e também o No Fun At All, que faz shows nesta sexta, 7, e no sábado, 8, no Hangar 110 (R. Rodolfo Miranda, 110, São Paulo). As portas abrem às 19h, e os ingressos custam R$ 90 para estudantes na porta.

Formada originalmente em 1991, o No Fun At All já vendeu mais de 250 mil discos ao redor do mundo e conquistou fãs do hardcore melódico nos anos 1990 e 2000 ao lado de Bad Religion, Pennywise e companhia. O disco mais recente, Lowrider, é de 2009, data que marca a inconstância dos encontros atuais da banda – por isso também a oportunidade de vê-los ao vivo é boa.

“Eu acho que nós estamos ainda melhores agora do que da última vez, nós estamos mais relaxados”, diz o vocalista do No Fun At All desde 1993, Ingemar Jansson, ao jornal O Estado de S.Paulo por telefone de Godkarra (gud-sharra, segundo o próprio), minúsculo vilarejo no interior da Suécia onde mora atualmente. O local é próximo a uma cidade cujo nome é “inacreditavelmente difícil de pronunciar se você não é sueco”: Skinnskatteberg, onde a banda foi formada no início dos anos 1990, e onde hoje ele mantém uma pequena empresa de eletricistas . Todos os membros da banda mantêm hoje um emprego “9 to 5” (rotineiro), como ele diz.

“É estranho dizer isso, mas é tão divertido tocar atualmente que os shows ficam bons. Nós não temos nenhuma pressão, não estamos cansados de uma turnê”, conta. A última vez da banda no Brasil foi em 2010, e a visita traz boas lembranças a Jansson. “Os clubes estavam lotados, os garotos estavam mesmo ligados nas músicas, foi demais. Desde então, virou uma necessidade tocar aí, é um lugar muito legal.”

A banda tem encontros esporádicos nos últimos anos – no ano passado, houve uma turnê na Oceania, e alguns convites. Desde então, eles se reúnem quando conseguem juntar o útil ao agradável (“ainda é bom tocar”, diz o vocalista), aproximadamente uma vez a cada três meses. Pela irregularidade dos encontros, ele diz que não há exatamente planos para material novo.

Quando questionado sobre os atuais modelos de distribuição da música, o veterano vocalista se mostra otimista. “Eu acho que o Spotify e esses serviços são de fato uma coisa boa. Acabou sendo uma coisa boa. Foi estranho no início, quando começou essa onda de downloads e etc, mas agora nós de fato recebemos dinheiro do Spotify, todo ano. Eu uso o tempo todo para achar novas músicas, é mais fácil agora do que nos anos 1990, explorar e descobrir novas músicas. Isso deve ser uma coisa boa.”

Nesta sexta, as bandas de abertura são Zander e Plastic Fire. No sábado, a banda Chuva Negra toca no lugar do Plastic Fire, ao lado dos cariocas do Zander.

O No Fun At All – além de Jansson, Christer Mähl (guitarra), Mikael Danielsson (guitarra), Steven Neuma (baixo) e Kjell Ramstedt (bateria) – ainda faz shows em Curitiba, no domingo, 9, e em Florianópolis, na terça-feira, 11.

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