No último dia da Semana de Moda de Paris, a Miu Miu faz um desfile sobre a desconstrução da beleza em que a imperfeição e um look meio nem aí faça-você-mesma deram o tom. “É sobre o que é interessante agora – alfaiataria, glamour, elegância – e retrabalhar isso”, define Miuccia Prada, estilista da marca, ao jornal WWD.

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Numa passarela em que o logo Miu Miu surge retrabalhado pelo estúdio M/M Paris formando um cenário tão fofo quanto surreal, a grife desfila uma série de peças em denim com tratamento couture (em saias, shorts, tops e vestidos de construções e proporções incomuns aos jeanswear) e vestidos de tafetá de náilon em tons pastel. São amassados, não imprimem luxo, e trazem pequenas faltas de acabamento (intencionais, claro) com aplicações de maxiflores em tecido.

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As mesmas que aparecem decorando as plataformas altas e em forma de estampa aplicadas em algumas peças da coleção, só que em desenhos de traços rústicos, nada ingênuas ou românticas.

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Um toque esportivo em polos curtinhas, usadas com saias de tule bordadas de paetês são outro destaque da apresentação, assim como os casacos de couro austeros e a série de vestidos do final, cobertas de paetês brancos, prateados e dourados.

As modelos, com suas belezas peculiares, usavam uma franja micra, com longos apliques emoldurando o rosto nas laterais – outro reforço dessa “beleza desconstruída” da marca nessa estação. Algo que é a cara de Miuccia. E de sua eterna revisão de ideais de feiura e beleza.