Renata Fan é uma caixinha de surpresas. Eleita Miss Brasil 99, a bela gaúcha comprova que sabe tudo de bola. Pelo menos é o que a apresentadora se esforça para mostrar de segunda a sexta, às 11h30, no Jogo aberto, na Band. No comando do esportivo, Renata se orgulha de ser a primeira mulher no país a ancorar uma mesa-redonda de futebol. ?Como entro todos os dias ao vivo, não teria como fingir que entendo do assunto. Leio de tudo, assisto a todos os lances de todos os times. Estudo muito?, valoriza.
O interesse pelos gramados começou cedo. Acompanhando a carreira do pai Paulo, que foi jogador em clubes amadores em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul – onde Renata nasceu -, a jornalista passou a se interessar por futebol aos oito anos de idade. Daí em diante, viveu toda a adolescência de olho nas redes. Já adulta, se formou em Direito na cidade natal, enquanto nas horas vagas trabalhava como locutora. Decidida a investir na área esportiva e aliar o ?hobby? com uma profissão, foi para São Paulo para cursar Jornalismo.
Não demorou muito para Renata estrear na tevê. A bela loura de 28 anos soube de um teste na Record para assistente de palco do programa Terceiro tempo, de Milton Neves. Aprovada, a apresentadora lembra que não perdia nenhuma oportunidade de driblar a equipe e mostrar que realmente entendia de futebol. Resultado: ficou apenas três meses como assistente de palco. ?Logo fui contratada como apresentadora. Aprendi no improviso e sempre fui decidida. Não aparecia com roupinhas vulgares, transparências, decotão. As pessoas me respeitavam. Cresci no peito e na raça?, orgulha-se Renata, que assegura não ter o menor jeito para o esporte. ?Até tentei virar jogadora, mas sou muito grandona e desengonçada. Não tenho talento para isso?, diverte-se.
No entanto, o jeito extrovertido da bela de 1,80 m e irretocáveis 59 kg, além das informações precisas sobre futebol, chamaram a atenção de Milton Neves. Assim que ele soube que a Band estava atrás de uma apresentadora esportiva, indicou Renata sem que ela soubesse. ?Tenho aprendido muito. Estou focada no Jogo aberto. Não consigo fazer outros planos porque tudo ainda é muito novo para mim?, explica. A gaúcha comemora os três meses no comando da produção, que também conta com comentaristas como Beto Hora, Cacá Rosset e craques do esporte. ?Os homens se sentem intimidados comigo quando abro a boca para falar de futebol. Outro dia, um amigo me disse que se sentia uma mulherzinha ao meu lado conversando sobre futebol?, diverte-se, sem perder a pose de miss.
Na verdade, Renata jura que fez de tudo para não seguir a carreira de modelo. ?Era assediada toda hora por agentes. Sempre disse não porque acho a beleza fútil e descartável. Só aceitei participar do concurso de Miss na terceira vez que insistiram comigo?, garante. Mas bastou ser eleita Miss Rio Grande do Sul para, em seguida, conquistar o título de Miss Brasil em 1999. Na época, como ainda cursava Direito, foi eleita Miss Universitária Mundial na Coréia e ficou em 12.º lugar na disputada seleção para Miss Universo, entre 99 candidatas. ?Até hoje não acredito que tive coragem de entrar nessa. Isso não tem nada a ver comigo. Mas foi bom para minha carreira no Jornalismo conhecer 22 países como miss?, avalia, antes de emendar. ?Mas jamais continuaria a viver só da beleza. Não posso ser modelo porque sou louca por carne vermelha e chocolate. Fora isso, daqui a pouco tenho 30 anos e prefiro ser ?CDF? como jornalista, como eu era no colégio?, brinca com um ar sapeca de quem acabou de marcar um pênalti.