Na programação que o CCBB dedica a Stephen King – O Medo É Seu Melhor Companheiro -, chega a vez, nesta quinta, 14, de The Mist/O Nevoeiro. O longa de 2007 baseia-se numa história curta do autor. Mesmo com risco de spoiler, é considerado polêmico pelo desfecho, que é diferente do original. O próprio King nunca ficou muito satisfeito com o diretor Frank Darabont, que, de resto, foi um bem-sucedido adaptador de suas tramas. A Darabont devem-se Um Sonho de Liberdade, adaptado de The Shawshank Redemption, e À Espera de Um Milagre.
O Nevoeiro parece que vai seguir a trilha de um clássico de John Carpenter – A Bruma Assassina/The Fog, de 1980. Na fantasia de Carpenter, uma estranha bruma toma conta de uma cidade litorânea. Tem a ver com uma maldição de quase 200 anos, envolvendo um pirata sanguinário que vem retomar seu butim. No filme de Darabont, a bruma espessa toma conta da cidade, mas agora as condições são um pouco diferentes.
O relato gira em torno de pai e filho – um artista que fica preso com seu garoto num supermercado numa cidadezinha perdida do Maine (Onde mais? King adora histórias que se passam na região em que vive). Na ficção, as pessoas não conseguem deixar o mercado, e é até bom que assim seja, porque com a bruma vêm monstros que iniciam um ciclo de destruição.
Marcia Gay Harden e Thomas Jane são os nomes mais conhecidos do elenco, e Darabont cria momentos de grande suspense, sustentados por efeitos ótimos. Mas o que faz o diferencial de O Nevoeiro não é isso e, sim, o comentário social. Poucos filmes de King, ainda mais um de monstros, têm, e em tão alto grau, a abordagem sobre códigos sociais na ‘América’.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.