A próxima edição da Olímpiada de Inverno, que começa no dia 9 de fevereiro, na Coréia do Sul, a muçulmana Zahra Lari irá estrear o hijab de alta tecnologia criado pela Nike para que os atletas possam cumprir com a prática islâmica sem comprometer o desempenho.

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“Já usei hijabs de perfomance antes, mas nunca funcionaram para mim. O hijab ideal deve ser leve, respirável e estável. Me movo muito rápido no gelo, e não posso usar minhas mãos para arrumar nada”, explicou Zahra Lari, a primeira patinadora de gelo a competir usando a peça na história do evento e uma das estrelas da campanha. “Faz parte de quem eu sou, estou sempre o usando, e quando não estou, sinto falta. Na comunidade de patinadoras, sou diferente por estar sempre coberta e vir de um país desértico, o que faz eu me sentir única, especial e empoderada.”

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Para a halterofilista Amna Al Haddad, patrocinada pela Nike dos Emirados Árabes, o produto pode resultar em mais atletas muçulmanos. “Vai incentivar uma nova geração a praticar esportes sem que sinta que há uma limitação por causa do dress code”, disse ela.”

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A ideia do ‘Pro Hijab’ surgiu quando um grupo de atletas muçulmanos se queixou para a Nike sobre as dificuldades de usar um hijab durante a competição durante uma visita a sede da empresa, em Beaverton, Oregon, nos Estados Unidos. A partir daí, a marca começou sua pesquisa, consultando mulheres muçulmanas atletas de todo o mundo, incluindo corredoras do Oriente Médio e ciclistas.

O hijab está disponível em dois tamanhos (PP/P e M/G) e nas cores preto, verde escuro e azul marinho, mas ainda não existe previsão do início das vendas do produto.