Nicolas Cage retorna em “Caça às Bruxas”

O ator Nicolas Cage e o diretor Dominic Sena já trabalharam juntos em “60 Segundos”, filme de ação, superclipado, que virou cult entre plateias de jovens. Ambos mudam o tom, mas não propriamente o estilo. Eles estreiam hoje nos cinemas com o longa “Caça às Bruxas”, que é, de certa forma, a aventura bergmaniana dos dois – uma releitura do longa “O Sétimo Selo”, que o diretor Ingmar Bergman fez no fim dos anos 1950.

Cage e Ron Pearlman são cavaleiros cuja fé foi perdida nas Cruzadas. De volta à Europa, eles são cooptados a transportar uma garota suspeita de possessão demoníaca. Ela é considerada a origem da peste que assola a região e deve ser levado a um monastério distante, para ser avaliada por inquisidores que possuem o último livro sagrado para combater o Diabo.

A garota ora proclama inocência, ora exibe um sorriso cínico que lança dúvidas sobre sua real condição. A trajetória é cheia de peripécias e também marcada pelo mal-estar que Cage e Pearlman experimentam em relação ao abade que supervisiona a missão. A grande revelação dá-se na abadia, numa cena permeada de efeitos espetaculares. Neste desfecho, o grande combate contra o Diabo, o filme de Cage e Sena lembra “O Exorcista”, o original, de William Friedkin. Mas volta a ser Bergman, com a possibilidade de uma nova ‘sagrada família’. Tudo isso é, no mínimo curioso, mas sem grande qualidade para evitar que “Caça às Bruxas” esteja se somando aos fracassos de público e crítica do astro Cage. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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