Parecia o dia mais movimentado da feira, mas, na realidade, ela mal começara. Na véspera da abertura oficial da SP-Arte 2018, numa prévia especial para convidados, realizada nesta quarta-feira, 11, mais de 4 mil pessoas já haviam passado até o início da noite, pelo pavilhão da Bienal. A feira estará aberta ao público geral nesta quinta-feira, 12, até domingo.

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Colecionadores e admiradores de arte lotaram o espaço, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, para ver, em primeira mão, obras de grandes nomes nacionais e internacionais disponíveis para venda. Na entrada, um enorme papel de parede de Roy Lichtenstein decorava o estande da Galeria Frente. “Geralmente trabalhamos com brasileiros, mas Lichtenstein foi uma oportunidade que apareceu”, justifica um dos responsáveis pela galeria, Acacio Lisboa.

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A obra de Lichtenstein (R$ 450 mil), claro, foi uma das mais procuradas da galeria durante a prévia. Nenhum negócio, porém, foi concretizado ainda. Ao lado do trabalho, na entrada da Frente, estava outra obra requisitada, uma tela de Tarsila do Amaral, pintora que está em exibição, no momento, no Museum of Modern Art, em Nova York. “Por conta da exposição no MoMA, decidimos trazer a Tarsila. Tem mais gente querendo e pedindo”, relata Lisboa.

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Para Ana Dale, da galeria Almeida e Dale, apesar da exposição no MoMA, o interesse dos colecionadores na obra de Tarsila não muda, continua sempre em alta. A galeria levou para a SP Arte o quadro A Fazenda, de 1950, que já foi reservado. “Não temos muitas obras de Tarsila no mercado, quem tem não quer se desfazer”, diz Ana, que comemora o primeiro dia na SP- Arte. “Bons colecionadores vêm hoje.”

Outro nome forte do modernismo brasileiro, presente em várias galerias, é Alfredo Volpi, que também está sendo exposto internacionalmente, em Mônaco, além de uma mostra na Bahia. “Ele está em voga e as galerias, logicamente, se aproveitam para tentar negociar obras dele”, analisa Acacio Lisboa.

Grande colecionador de Alfredo Volpi, Marcos Simon acredita que o forte interesse no pintor até hoje se dá por sua qualidade. “Volpi é, na minha opinião, o maior pintor do planeta, faz bem para a saúde”, acredita. “Se você está aborrecido, faz uma cromoterapia olhando os quadros dele.” Para a exposição no Nouveau Musée National de Monaco, Simon emprestou 12 telas. “A reação das pessoas, que nunca haviam visto, é impressionante.”

Apesar de participar da SP-Arte desde a primeira edição, o colecionador ainda tem dificuldade para escolher novas aquisições em meio a tantas opções. “Aqui tem muita coisa de qualidade, é difícil.” Ele afirma ter um jeito particular para se aproximar de novas obras. “A primeira coisa que eu vejo são as cores, e aqui no Brasil é o que não falta.”

Contemporâneo

Na última edição, em vez de Lichtenstein, a Galeria Frente escolheu um painel da dupla OSGEMEOS para seu estande. O sucesso dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo continua ainda este ano. A galeria Fortes D’Aloia & Gabriel montou um espaço dedicado à dupla, que acumulou visitantes. Quatro quadros expostos no local já estavam vendidos ao final do dia e, segundo a galeria, o interesse era grande também em outros trabalhos da dupla. Outros estandes também exibiam obras dos irmãos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.