NatGeo estreia hoje atração que relembra década de 80

Mais do que as roupas de cores berrantes e os cortes de cabelo de gosto duvidoso, o som do sintetizador ficou na cabeça da equipe brasileira do NatGeo, que começa a exibir nesta terça, às 22h15, a série semanal Anos 80 – A Década Que nos Criou. Ao pensar na versão tupiniquim da atração, a turma do canal pago resolveu trocar a música de abertura Don’t You Forget About Me, do Simple Minds, por Olhar 43, do RPM, que ganhou uma regravação para o programa.

“Regravamos exatamente igual, com o mesmo arranjo. Tive de cantar como naquele tempo, com aquela falta de experiência na voz. Fiz um cover de mim mesmo”, explica o vocalista da banda, Paulo Ricardo. Convocado para narrar a série, falará sobre música, cinema, tecnologia, política com imagens e depoimentos de personalidades que marcaram a década.

Na função de contar a história para o público, o apresentador afirma ter caprichado na performance. “Assim como quando estou no palco existe um personagem, ali (diante da câmera) também existe um”, conta Paulo Ricardo, de 50 anos, que teve liberdade para intervir. “No fone, eu tinha a narração original. Pude adaptar tudo para o meu jeito, as traduções e as piadas de duplo sentido que não ficariam bem em português”, detalha.

Entre os entrevistados da atração estão o empresário Ted Turner, fundador da rede CNN, o estilista Calvin Klein, a atriz Linda Evans e o rapper Darryl DMC McDaniels, do grupo Run DMC. O primeiro episódio será sobre esportes e mostrará momentos marcantes da trajetória de Mike Tyson, Ayrton Senna, além da derrota da seleção brasileira na Copa de 1982.

Paulo Ricardo diz que entende a nostalgia em torno da década em questão. “Há pelo menos dez anos existe uma febre de anos 1980 no Brasil, com festas temáticas. Quando isso se intensificou, achei que iria passar. A conclusão à qual cheguei é de que há cinco pontos de revolução: a estética, principalmente com a chegada da MTV, a tecnológica, com o sintetizador e o videogame, a política, com o fim da ditadura, o movimento punk e a revolução sexual da aids”, opina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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