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‘Não dá mais para diminuir e humilhar as pessoas’, declara Fábio Porchat

Fábio Porchat não acredita que deva haver limite para o humor. Ele tomou gosto pelo mundo artístico, aos 12 anos, quando contava histórias e os adultos paravam para ouvir.

Em entrevista para a revista Quem, Fábio Porchat afirmou que não há assunto proibido, mas faz ressalvas: “Você pode fazer todo tipo de piada, vai do bom senso. Você não pode incitar o ódio, a violência, inventar uma coisa sobre outra pessoa. Esses são os limites e ainda estamos aprendendo a lidar com eles”.

O ator acredita que o humorista precisa ficar atento para não envelhecer. “Se você assiste a um negócio de dez anos atrás, é mais difícil dar risada. Temos que ver como o mundo está caminhando e como poder brincar com isso, sem ofender ninguém. As pessoas falam: ‘Ah, mas eu não posso mais contar piada de gordo?’. Claro que pode, mas não do jeito que se fazia há 20 anos. Você não pode mais diminuir e humilhar as pessoas. Não pode fazer o gay virar chacota por ele ser gay”, avalia, sem mencionar colegas que eventualmente usam esses recursos para o humor. Nesta semana, a dançarina Thais Carla, que trabalha com a cantora Anitta, respondeu um comentário gordofóbico publicado pelo apresentador Danilo Gentili. Ele compartilhou uma publicação que traz a dançarina questionando o tamanho das poltronas de avião e acrescentou o comentário: “Eu nunca vi essas pessoas reclamarem que a cadeira do McDonald’s é pequena”.

Na entrevista para a Quem, Fábio Porchat também fala do uso de palavrões em piadas. “É óbvio que quando você faz uma coisa bem feita e dá muita audiência é gostoso também. Mas sem apelação. Palavrão pode ser uma apelação. Quando o palavrão é piada, é apelativo. Quando o palavrão está inserido em uma piada, eu não acho que é. Se estou contando uma piada e ninguém ri, aí eu falo (o palavrão) e todo mundo cai na risada, isso não é inteligente”, diz.

Fábio Porchat e Tatá Werneck apresentavam Tudo Pela Audiência, no Multishow. O humorista lembra de lances polêmicos do programa. “O Tudo Pela Audiência fazia essa brincadeira. A gente colocava homem pelado, mulher pelada no palco. Era uma loucura. Às vezes, eu assisto ao programa e penso como que a gente não foi preso ali. Mas como todo mundo se sacaneava e ninguém estava ali contando vantagem, as pessoas se divertiam”, conclui.

Em abril, o canal Porta dos Fundos, que Porchat ajudou a criar, teve a sua segunda maior audiência em sete anos, com 93 milhões de visualizações em um mês.

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