Uma novidade que aparece forte nesta temporada mistura duas influências aparentemente desconexas: os quimonos japoneses e as camisas xadrezes que os fãs da icônica banda Nirvana amarravam na cintura nos anos 1990. As amarrações, com faixas, cintos e blusas, figuraram com força em vários desfiles dos dois primeiros dias da São Paulo Fashion Week.
A faixa na cintura tem a função de afinar a silhueta e exaltar as curvas instantaneamente, e o estilista Reinaldo Lourenço soube aproveitar muito bem a tendência em sua coleção. Amarrou seus casacos de lã estruturados, cobertos por pelerines, em um estilo sóbrio – mas moderno e atual.
Na marca Lolitta, a jovem Lolita Hanud explorou o truque com faixas de inspiração japonesa sobre seus vestidos de tricô. Pedro Lourenço e Vitorino Campos, em seu desfile da Animale, também exploraram os nós e as fivelas, marcando a cintura. Assim como Giuliana Romanno, que abusou dos grandes nós e laçou seus vestidos longos e trench-coats texturizados, deixando suas mulheres mais femininas ainda.
No exterior
Nas passarelas e nas ruas das capitais internacionais da moda, esse movimento já acontece há alguns meses e não é mais novidade. “Vi recentemente essa tendência em Estocolmo. Acho que dá uma graça extra no estilo e quebra qualquer produção mais séria sem perder a pose”, diz a consultora de moda Paula Martins, adepta convicta de blusas marcando a cintura. Por aqui, a silhueta ampla que dominou as últimas estações, definitivamente, também já era.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.