Depois de cinco anos de profissão, a cantora carioca Beatrice Mason está lançando o seu primeiro CD, intitulado de Mosaico. Como ela mesmo define, o trabalho é um misto de “músicas leves”, mas ao mesmo tempo “vaporosas”, que não devem deixar o público indiferente.
“É uma música gostosa de ouvir”, completa a cantora. Para ela, a marca de seu primeiro trabalho é a contemporaneidade. “Acho que o principal é eu ter conseguido reunir composições de talentos novos, e também de compositores muito contemporâneos”, disse.
Ela está com um show marcado no Rio de Janeiro no dia 14 de junho mas revela que não pretende deixar a região sul sem conhecer o seu trabalho. “Além de eu ter familiares no sul, penso que Curitiba é uma boa capital para se lançar trabalhos novos, há um público interessado na capital paranaense”, avaliou.
Beatrice, que é bacharel em Direito e atuou como advogada durante alguns anos, mas decidiu investir pesado na música há cerca de sete anos. Apesar de ser carioquíssima, ela revela que o CD não traz sambas.
“Minha geração aqui no Rio é muito ligada a este ritmo, do qual eu também gosto, mas sempre acabo pendendo mais para a Música Popular Brasileira.” As músicas de seu CD trazem um romântico singelo, leve, sem a chamada “fossa” dos relacionamentos. “E eu tenho uma ligação com as letras também”, revelou.
Mosaico traz 11 canções, seis inéditas e cinco regravações. As músicas trazem um toque moderno, beirando um pouco o lounge. O CD é produzido por Rodrigo Campello, que já produziu trabalhos dos cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marisa Monte e Lenine.
Como tudo começou
Foi na nova geração da MPB que Beatrice encontrou as peças para compor o seu mosaico musical. O conceito do disco surgiu numa conversa com o amigo e compositor Marcelo Caldi: uma costura do melhor da safra dos novos compositores brasileiros, com um toque especial.
As músicas foram elaboradas a partir da riqueza da combinação de variados instrumentos – de gaita a pandeiro, de piano a acordeon, passando por programações eletrônicas – com a doce voz de Beatrice.
Carreira
Beatrice começou a cantar muito pequena. Com seis anos já cantava no coral do colégio Cruzeiro – do qual a mãe era regente – nos “Curumins”, da Associação Canto e Coral, e no infantil do Theatro Municipal. Estudou teoria, piano, flautas e canto, lírico e popular.
Dos pais herdou o gosto pelo erudito, a trilha que mais se ouvia aos domingos, em casa. E foi, literalmente, na cozinha, que provou o tempero popular da música brasileira. Através do rádio da empregada Alzira, tomou gosto por Roberto Carlos, Caetano Veloso, Elis Regina, Nara Leão, Maria Bethânia, entre outros cantores de renome.
O desejo de cantar profissionalmente levou Beatrice ao palco do Mistura Fina, em 2005, quando estreou o show Coração tranquilo, com direção de Cyro Telles. Dois anos depois, com Carlos Cesar Motta, já montava seu segundo espetáculo, Alumbramento.