A música africana, conhecida por seus cantos melancólicos e ritmos emotivos, tem mais a oferecer do que trilhas para produções épicas. Além dos belos cânticos, já exibidos em filmes e novelas sobre a época da escravidão, sua música também foi difundida com outros ritmos modernos. Surgidos depois dos anos 50s, esses gêneros da música africana são tema da palestra do colecionador e pesquisador de música Sérgio Menezes da Silva, hoje, na Livrarias Curitiba do Shopping Estação Plaza. Intitulada ?Todos os Estilos do Afropop?, o evento mostra as diferenças entre os gêneros musicais: African Jazz, Al-Jeel, Bikutsi, Chiamurenga, Highlife, Jive, Makossa, Palm-Wine Music, Shaabi e Taarab.
Surgido em 1988, o termo ?Afropop? designa a composição popular africana após a Segunda Guerra Mundial. ?As composições são urbanas, elétricas e têm forte apelo junto ao público jovem?, diz.
Hoje, a saga do povo africano está difundida em canções de diversos grupos e astros pop. Inspirado na história negra, em sua diáspora forçada durante a escravatura, quinta-feira o Teatro Regina Vogue estréia o espetáculo Ópera pop negra. Na montagem, o público acompanha por meio de música erudita e popular, junto a interpretação teatral de duas atrizes, a distribuição como mercadoria dos negros pelas Américas.
?O espetáculo não tem caráter didático, por isso utilizaremos o texto falado e musicado, incluindo o rap, elemento da cultura hip hop. Outros ritmos e estilos musicais ligados à cultura negra servem de base para o que chamamos de pop?, afirma Kátia Drumond, atriz e assistente de direção.
Serviço:
Palestra: Todos os Estilos do Afropop, hoje na Livrarias Curitiba do Shopping Estação Plaza, às 19h. Espetáculo: no Teatro Regina Vogue (Shopping Estação), de quinta a domingo, até o dia 31 de julho, às 21h.