Museus se renovam e apostam em tecnologia

Oferecer um bom acervo não é mais garantia para um museu manter suas portas abertas. Ele tem de ser bom também em interatividade, entretenimento e conforto, pelo menos se a ideia for alcançar um resultado parecido com o do Museu da Língua Portuguesa, no centro de São Paulo, que diariamente recebe em média 1.500 visitantes, se transformando em recordista de público no segmento.

Essa fórmula, que se repete nos grandes museus internacionais, tem servido de base para novos projetos, caso do Museu do Futebol, inaugurado no fim do ano passado, já em segundo lugar em público na capital paulista. Antigos projetos, agora remodelados, também seguem o mesmo rastro. Ontem, por exemplo, o Instituto Butantã inaugurou o Centro de Difusão Científica, um anexo com duas salas de exposições, cafeteria, livraria e um cinema 3D.

Trata-se de um espaço de mil metros quadrados construído num galpão da década de 1930, antes usado como marcenaria do complexo da instituição, hoje formado por centro de pesquisa, biblioteca, hospital e, entre outros departamentos, quatro museus e um serpentário, a grande atração da casa, com 54 mil exemplares. “O espaço será uma extensão dos museus que já existem, ampliando as atividades, que são cada vez mais interativas”, diz Otávio Azevedo Mercadante, diretor do Instituto Butantã.

“No Museu de Biologia as crianças participam de aulas sobre micróbios, vírus e vacinas no pequeno laboratório prático.” O Centro de Difusão abre com uma exposição fotográfica, o Homem e o Meio Ambiente, que vai até dia 25. Para o cinema, a casa produziu uma série de desenhos baseada na história de três crianças e dois pesquisadores, com 23 capítulos. Na primeira aventura, com apenas 20 minutos de duração, a garotada vai para a Ilha de Alcatrazes, no litoral de São Paulo.