O palacete está sendo restaurado e climatizado. |
A nova sede do Museu Paranaense, que está recebendo um investimento de R$ 5 milhões do governo estadual, deverá estar concluída em dezembro, quando o acervo será transferido para o Palácio São Francisco.
Uma equipe de restauradores comandada pelo artista plástico e especialista em restauração Di Ferreira, com o acompanhamento da Secretaria de Estado da Cultura, finaliza as obras de restauro do palacete, um prédio que pertenceu à família Garmatter e é tombado pelo Patrimônio Histórico, com uma área de mais de 1,4 mil metros quadrados.
O edifício está sendo reestruturado, restaurado e climatizado para receber o mais importante acervo histórico do Paraná. As paredes do prédio terão novamente suas cores originais. Os elementos decorativos nos vãos das portas e janelas, também originais, permanecerão como referência na entrada de cada aposento.
O antigo palacete, embora sóbrio na parte externa, tinha, originalmente, salas e salões pintados com diversas cores como o verde, o vermelho, o rosa, o caramelo e até uma sala redonda com paredes roxas e arabescos pretos, além de salas listradas com diversas cores. “Era um verdadeiro caleidoscópio de cores”, informa a arquiteta Rosina Parchen, da Secretaria da Cultura.
O jardim de inverno, situado na parte interna do palacete, também será restaurado. Um vitral das Cataratas do Iguaçu, incorporado ao prédio na época em que era sede do governo do Estado, nos anos 50, está sendo recuperado pelo artista plástico Elvo Benito Damo e continuará a fazer parte da casa, já que é uma obra de grande beleza.
A decoração original do Palácio São Francisco foi realizada com fôrmas e rolos de papel sobrepostos. Agora, diversas placas de tinta que estavam sobre a pintura original estão sendo removidas, o que vai revelar como o palacete era quando foi inaugurado, no final da década de 20 do século passado, para funcionar como residência da família Garmatter.
Estrutura
A nova sede do Museu Paranaense terá um total de 4.547 metros quadrados, uma área três vezes maior do que o espaço atual. Isso vai possibilitar a ampliação do circuito de mostras, instalar áreas para reserva técnica e curadoria, manutenção, preparação de exposições, gabinetes para pesquisadores, sala climatizada para guarda de acervo, laboratórios de arqueologia, etnologia, numismática e educação, além de um café.
A nova sede, além de situar-se num centro histórico, vai abrigar melhor os 300 mil itens que compõem o acervo do museu e os seus funcionários terão as condições de trabalho aprimoradas devido ao conforto das novas instalações. Pela primeira vez na sua história, o Museu Paranaense, hoje com 126 anos, ganha sede própria.