O Museu Oscar Niemeyer marca a passagem de seus quatro anos de existência com boa programação e a abertura de exposições de importantes artistas. A comemoração terá início na terça-feira (20), às 19h, com a abertura da exposição ?Pablo Atchugarry ? O Espaço Plástico da luz?. Radicado em Lecco, na Itália, Atchugarry é um escultor uruguaio muito conceituado na Europa. Suas obras têm sido incluídas em leilões da Christie?s em Londres, Paris e Nova York. Para marcar a data do aniversário, a entrada será gratuita para todos os visitantes na próxima quinta-feira (22). Neste feriado de 15 de novembro o Museu funcionará normalmente, das 10 às 18h, com preços de R$ 4,00 para adultos e R$ 2,00 para estudantes.
A comemoração do aniversário do Museu se estenderá até meados de dezembro, quando será aberta a última exposição do ano, com obras de Rodolfo Morales, artista contemporâneo considerado o ?pintor da alma do México?. Para completar a programação comemorativa que fará a virada do calendário expositivo de 2007 para 2008, ainda serão abertas outras três exposições. Entre elas estão as mostras com obras de Di Cavalcanti, que integrará o programa do Circuito Cultural Banco do Brasil; do artista e escritor alemão Kurt Schwitters, apontado como um dos maiores artistas de vanguarda da primeira metade do século 20 e um dos principais expoentes do movimento Dadaísta; e ?Oscar Niemeyer 10 + 100?, nova exposição em comemoração aos 100 anos do arquiteto que colocou o Brasil na pauta da criação mundial.
As esculturas em mármore de Atchugarry vão se somar a obras de outros consagrados artistas nacionais e internacionais, incluídas nas exposições em cartaz. Como em uma rede invisível de diálogos, escolas e tendências, a arte do uruguaio estará ao lado das maquetes, fotos e textos da mostra retrospectiva ?Oscar Niemeyer: Arquiteto, Brasileiro, Cidadão?. As fascinantes e interativas obras de Amelia Toledo, um dos nomes mais consagrados da arte contemporânea no País, fazem outro contraponto. A mostra ?Novo Olhar ?Amelia Toledo? apresenta um panorama das obras produzidas pela artista ao longo de 60 anos. As 57 peças em exibição ?colagens, pinturas, esculturas, objetos, instalações e projeções de obras públicas ? integram séries que para Amelia estão em ?contínua construção?.
Outro nome expoente da arte moderna e contemporânea, Maria Bonomi é considerada uma das principais artistas a manter viva a tradição da gravura no Brasil. Para a mostra ?De viés ? Maria Bonomi? foram selecionadas peças que representam todas as fases de trabalho da artista. São exibidas xilografias, litografias e calcografias, esculturas em alumínio, latão e bronze, instalações e projeções de arte pública. Os projetos de arte pública da gravadora têm significado especial dentro de sua produção: marcam todo sentido cívico e social que a artista imprime em sua obra.
?Autobiografia do Gesto ? Emanoel Araújo? exalta os 45 anos de talento e da diversificada atividade de Emanoel, responsável pela revitalização da Pinacoteca do Estado de São Paulo e pela criação e direção do Museu Afro Brasil. Esculturas, relevos, gravuras, peças gráficas e um conjunto de obras recentes, ?Cosmogonia dos Símbolos?, estão entre as 250 obras de Emanoel Araújo, conhecido por sua pluralidade artística como curador, escultor, pintor, gravador e designer gráfico.
Entre as mostras internacionais o público não pode deixar de ver ?Museu da Solidariedade Salvador Allende?, em seus últimos dias de exibição no cinematográfico ?Olho?. A exposição apresenta 130 das 2 mil obras que compõem o acervo que veio do Chile. A mostra exibe uma coleção de arte que se formou de maneira singular e, também, mostra a produção de vanguarda dos anos 60 de Europa, Estados Unidos e Brasil. Nela estão presentes nomes fundamentais da arte moderna como Picasso, Miró, Kline, Victor Vasarély, Joaquín Torres Garcia, José Balmes e os americanos Frank Stella e Alexander Calder. Dezenas de outros nomes de diversas nacionalidades somam-se a ícones brasileiros como a escultora e pintora mineira Lygia Clark; o escultor carioca Sergio Camargo; o pintor paulista Antonio Henrique Amaral; e Franz Krajcberg, artista ecológico polonês, naturalizado brasileiro desde 1957.
A eclética e diversificada programação em cartaz se completa com duas mostras internacionais de fotografias: ?A Pele dos Filhos de Gea? e ?Instantâneos da Felicidade?. A primeira exposição ressalta duas perspectivas opostas sobre o corpo humano ??nu? ou ?vestido? ?, sob a ótica das artistas espanholas Isabel Munõz, fotógrafa, e Maribel Doménech, escultora. A fotógrafa centra seu foco na dimensão plástica e antropológica de corpos realçados por escarificações ou cicatrizes, pinturas e tatuagens utilizadas por povos da Etiópia. Enquanto Maribel sugere vestimentas que pontuam o imaginário humano em seus comportamentos sociais. Já na Torre da Fotografia estão expostas 50 imagens de momentos de intensa alegria. As fotografias, a maioria em preto e branco, integram a coleção da Maison Européenne de la Photographie (MEP), de Paris.
