Deve ficar para o próximo ano a inauguração do Museu de Geologia e Paleontologia do Parque Estadual de Vila Velha, na região dos Campos Gerais. A previsão é de que o local fosse inaugurado no próximo mês de março. Porém, a verificação de problemas estruturais no imóvel recém-construído para ser sede do museu inviabiliza a abertura.
“A construtora responsável pela obra cometeu alguns erros de engenharia, que podem representar riscos aos visitantes do museu. Foram verificados problemas nas lajes e vigas da construção, que tem apenas um andar. Nos preocupa bastante a segurança do lugar”, comenta o professor e geólogo João José Bigarella, que, junto com o jurista René Dotti, é um dos idealizadores do museu e dá nome a uma fundação de estudos e conservação da natureza sediada em Curitiba.
Segundo o geólogo, o imóvel sede do museu foi construído com recursos estaduais. Agora, em função dos problemas estruturais, está para sair uma verba especial para que os consertos necessários sejam realizados.
Já a montagem do acervo do museu deve ser realizada com recursos da Lei Rouanet, de incentivo à cultura. “Apesar dos consertos que terão que ser realizados no imóvel, vamos continuar trabalhando no acervo do museu. A confecção dos cenários, vitrines, maquetes e móveis continua”, diz João José.
O projeto de criação do museu foi iniciado no ano de 2007. A ideia é de que o espaço conte com uma área de exposição de 2,4 mil metros quadrados e área total de quatro mil metros quadrados, possibilitando o turismo científico na região dos Campos Gerais.
O museu deve proporcionar um passeio pelo tempo e pelo espaço, da origem do universo até os dias atuais, fazendo com que os visitantes tenham contato com geologia e paleontologia. O acervo irá contar com réplicas de vulcões, animais pré-históricos e paisagens, informações sobre a formação de Vila Velha, rochas e minerais.