Londrina – Estimular a criatividade e desenvolver a prática da pintura livre é o objetivo do Museu Arte e Vida, projeto que existe há cerca de um ano e atende 15 idosos no Museu de Arte de Londrina. As pinturas desenvolvidas no projeto podem ser vistas desde quinta-feira (dia 16) até o dia 30, na Biblioteca Municipal (avenida Rio de Janeiro, 413 centro). De acordo com Clarice Bressan, coordenadora do projeto e instrutora das oficinas, a idéia de começar esse trabalho surgiu em conjunto com idosos que faziam parte da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Segundo ela, o grupo havia concluído as atividades na Unati, mas não queria parar com os trabalhos de artes plásticas. “O interesse deles fez com que iniciássemos o projeto. Todos gostam muito e nunca faltam às aulas, que são ministradas uma vez por semana”, disse.

Segundo Clarice, não existe nenhuma técnica específica aplicada durante as aulas, pois o principal objetivo do projeto é estimular e melhorar a auto-estima dos alunos. “Eles criam pinturas livres, variadas, imagens que eles vivenciam. É uma maneira de estimular a criatividade produzindo trabalhos.Para a exposição serão selecionados cerca de dois trabalhos por aluno”, disse.

Ainda segundo a instrutora, esta já é a segunda exposição do grupo a primeira ocorreu o ano passado na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Londrina. “Estamos pensando em expor também na biblioteca da UEL, mas ainda não temos uma data definida”, disse Clarice. Outro instrutor das oficinas, que trabalha desde o início do projeto, é o estudante Djalma de Souza, do 4º ano de Educação Artística da UEL. Segundo ele, existe durante as aulas uma tendência abstracionista, mas nada obrigatória. “Procuramos assessorar de acordo com a vontade deles. Estou me surpreendendo, pois não esperava que eles fossem tão receptivos. Hoje, além de alunos, são meus amigos. Todos são pessoas experientes que possuem uma grande carga de informação”, disse o instrutor.

Para a aluna Rita Mazzocchi Aching, que participa da oficina desde o começo do projeto, o gosto pela pintura foi adquirido durante as aulas, pois, segundo ela, nunca teve muito interesse por artes plásticas.

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