O Museu Afro Brasil, vinculado à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, vai promover a partir de sábado, dia 20, Dia da Consciência Negra, uma série de atividades nas áreas de artes e literatura para comemorar a data. O museu fica no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A programação começa, às 11 horas, com o lançamento da segunda edição do livro “A Mão Afro-brasileira: Significado da Contribuição Artística e Histórica”, organizado pelo diretor e curador do museu, Emanoel Araujo, e com texto de apresentação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também no sábado, o museu promove um encontro de maracatus, com presença confirmada de nove grupos, entre eles Ilê Alafia e Baque Sinhá.

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Ainda no sábado acontece o lançamento de “Colonos e Quilombolas – Memória Fotográfica das Colônias Africanas de Porto Alegre”, com registro histórico e fotográfico da vida negra no Sul do País, e “Paula Brito – Editor, Poeta e Artífice das Letras”, sobre a história de Francisco de Paula Brito (1809-1861), primeiro editor brasileiro, que também foi jornalista, dramaturgo, letrista, contista e um dos iniciadores do movimento editorial no Brasil. Paula Brito editou mais de 370 publicações, entre elas, obras de Machado de Assis.

Os eventos prosseguem na terça-feira, dia 23, com o lançamento de dois livros da Coleção Consciência em Debate. “Literatura negro-brasileira”, do escritor e pesquisador Cuti (pseudônimo de Luiz Silva), e “Imprensa negra no Brasil do século XIX”, da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto. No mesmo dia, o jornalista Fernando Granato lança a biografia de João Cândido, um líder negro que Granato considera ser o primeiro herói do século 20.

Além dos lançamentos literários, o museu, que possui um acervo de mais de cinco mil obras, preparou dez exposições simultâneas. Destaque para a mostra “A Arte do Povo Brasileiro. Quatro Olhares. Uma Homenagem”, que reúne cerca de 100 obras feitas de barro, madeira e tecido que representam o cotidiano religioso, de festas populares e do imaginário do povo brasileiro. Já a exposição “O Haiti Está Vivo Ainda Lá. Bandeiras, Recortes e Garrafas Consagradas ao Vodu” apresenta cerca de 300 obras inéditas da arte religiosa haitiana. Esta última, acontece até do dia 5 de dezembro.

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Com curadoria de Emanoel Araujo, a mostra “Guernica Esteve Aqui” apresenta duas releituras de “Guernica”, painel de Pablo Picasso que atualmente está no Museu Reina Sofia, em Madri, mas que já foi exibido no País na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Considerando a realização da 29ª Bienal, que acontece até o dia 12 de dezembro no Parque do Ibirapuera, o Museu Afro Brasil programou ainda uma exposição paralela. A “Arte Contemporânea com Almir Mavignier” destaca a obra do artista brasileiro Almir Mavignier, um dos fundadores da arte concreta.