Se na Revolução Francesa, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade guiavam o povo, o mundo moderno também elencou as próprias prioridades. É o que diz o diretor de M.U.R.S, Pep Gatell. Com ingressos esgotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, o espetáculo do grupo catalão La Fura Dels Baus invoca as principais necessidades do planeta e coloca o público para jogar com os atores por meio de um celular. “Hoje, as pessoas são conduzidas por tantas coisas. A tecnologia estabeleceu uma nova relação com o outro, com o meio em que vivem e consigo mesmas”, explica.
Antes de entrar, o participante deve baixar o aplicativo do show em seu smartphone. É lá que o sistema vai dividir o público em quatro grupos – em referência a cada uma das letras – e onde começa toda a interação. Sem querer estragar a surpresa, Gatell conta que uma torre central vai enviar e receber informações compostas por ações que devem ser executadas sozinho ou em conjunto. “O propósito é que a experiência com um objeto tão pessoal como o celular sirva para empurrar as pessoas ao convívio coletivo. A tecnologia não tem essa de ruim ou boa. Ela está aí e não dá para fugir.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.