Prevista para a manhã de ontem, 6, a reunião do Conselho Deliberativo da Fundação Teatro Municipal que decidiria o futuro do Coral Paulistano foi remarcada para o dia 14. Segundo a entidade, a reunião “precisou ser adiada por uma incompatibilidade de agendas dos secretários que fazem parte do conselho”; mas a reportagem apurou que o adiamento teria sido provocado para que houvesse tempo de se discutir outro tema que faria parte da reunião de ontem: novos planos para a Orquestra Experimental de Repertório e a descentralização das atividades dos corpos estáveis do Teatro Municipal.

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Nas últimas semanas, uma das possibilidades discutidas dentro da Secretaria Municipal de Cultura seria levar a orquestra, formada por jovens músicos, para o Teatro Paulo Eiró, localizado em Santo Amaro, zona Sul de São Paulo – o espaço passou recentemente por uma reforma e é um dos poucos na cidade que tem fosso de orquestra, o que possibilita a realização de óperas. Uma vez lá, a orquestra – que teve sua participação na temporada de óperas de 2014 reduzida, estando prevista apenas a participação na remontagem de La Bohème – também encabeçaria um projeto educacional a ser criado pela prefeitura a partir do ano que vem. A ideia seria envolver também as escolas de música e bailado da prefeitura, ligadas formalmente à Fundação Teatro Municipal.

Nos últimos dias, no entanto, ganhou força dentro da prefeitura a ideia de que, por conta das proporções do Paulo Eiró, a orquestra não poderia se mudar para lá definitivamente. Uma opção, a partir disso, seria criar no teatro de bairro uma programação de concertos e óperas de câmara.

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Diretor da Experimental de Repertório desde sua fundação, o maestro Jamil Maluf não quis se pronunciar sobre a questão, que, segundo ele, ainda está sendo debatida internamente na fundação e na secretaria.

Procurada pela reportagem, a Fundação Teatro Municipal negou a intenção de fazer do Paulo Eiró a casa definitiva da orquestra, dizendo que “a Experimental de Repertório, que continuará a se apresentar regularmente no Municipal, poderá, assim como os demais grupos artísticos da Fundação, se apresentar em equipamentos como o Teatro Paulo Eiró, Teatro Artur Azevedo, Auditório Ibirapuera, entre outros”.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.