?Minha idéia é mostrar que as mulheres estão e participam. Eu estou e participo!? Assim declara a escritora Antônia Schwiden. Ela se refere às mulheres comuns, que estão nos estádios, que torcem, xingam, sabem músicas e coreografias e têm o time no coração.
Exemplos delas estão no livro Dez atleticanas e uma fanática, que ela lança na próxima terça-feira, às 18h30, na Kyocera Arena.
Como explica a autora, é um livro que trata das emoções e relações de mulheres e futebol, a visão delas em campo, na torcida do Atlético Paranaense. As personagens são mulheres, de 18 a 85 anos, ?todas atleticanas e todas autodeclaradas fanáticas?. ?São mulheres que, tal qual os homens, saem do trabalho e vão assistir ao jogo. Estou querendo mostrar que no grupo dessas atleticanas existem formas peculiares de torcer?, afirma.
A começar pela própria autora. Antônia conta que é atleticana desde 1967, quando se mudou para Curitiba. ?Foi por causa de uma faixa que li: ?Atlético, você não presta mas eu te amo??, comenta. No livro, ela conta que tem histórias de mulheres que se manifestam mais, outras que torcem mais contidas. Tem ainda as que cantam as jogadas, sabem técnicas e táticas.
Entre elas está Elaine de Lemos, a Minhoca, de 38 anos, produtora de eventos. ?Eu canto as músicas, faço todas as coreografias, grito, xingo. Sou doente por futebol, mas meu negócio é o Atlético. Vou ao jogo sempre que posso. Se não vou, minha semana não é boa?, revela uma das ?personagens?. A atleticana ainda comenta que no dia 31 de dezembro, na virada do ano, pediu ?prosperidade, saúde, amor e que o Ferreira não seja vendido (ele está emprestado para o futebol Árabe, por quatro meses)?.
A obra nasceu da paixão de Antônia pelo Atlético e levou nove meses para ser concluída. Ela explica as cores, o hino, o estádio, fala do mito, das torcidas organizadas, da história e outros detalhes sobre o Atlético. São as mulheres, as atleticanas e ?fanáticas?, que fazem do livro, segundo a escritora, uma realização.