Muito mais que um simples passatempo

Atire a primeira pedra quem nunca passou uma tarde inteira de pernas para o ar fazenda palavras cruzadas.

Um dos passatempos mais econômicos e democráticos do planeta, elas – inventadas pelo jornalista americano Arthur Wynne – estão completando 95 anos de criação.

No Brasil, foram publicadas pela primeira vez em 1925, sendo que hoje o País é o quarto maior mercado consumidor do produto, perdendo apenas para os Estados Unidos, França e Itália.

“No Brasil, diferente do que acontece na maioria dos outros países, as palavras cruzadas são elaboradas em diferentes níveis, como infantil, fácil, médio, difícil e mesmo em inglês. Por isso, atinge pessoas de todas as idades e têm um público-alvo bastante diversificado”, diz o diretor editorial das revistas Coquetel, publicadas pela editora Ediouro e existentes há 61 anos, Henrique Ramos.

Além de serem caracterizadas como formas de lazer e diversão, as cruzadas horizontais e verticais também possuem funções educacionais, terapêuticas e de divulgação de informações. Atualmente, segundo a Ediouro, são utilizadas em cerca de 16 mil escolas de todo País, no auxílio da alfabetização tanto de crianças quanto de adultos.

No ramo terapêutico, são recomendadas por médicos e psicólogos, sendo consideradas bastante eficientes na prevenção e tratamento de doenças neurovegetativas. Ajudam a aumentar o vocabulário, obter novas informações e auxiliam na concentração de quem as desenvolve.

“O cérebro é como um músculo que precisa ser sempre exercitado. As palavras cruzadas, assim como outros jogos de passatempo, são um verdadeiro exercício cerebral, promovendo diversos benefícios cognitivos. Já são utilizadas até por empresas, que buscam o maior desenvolvimento de seus funcionários”, comenta Henrique.

Recentemente, a Ediouro realizou uma pesquisa para conhecer melhor o público de suas revistas e constatou que 60% dos consumidores fidelizados de palavras cruzadas têm nível universitário e 74% têm entre 16 e 45 anos de idade. Outro dado interessante, é que 68% dos consumidores disseram preferir resolver cruzadas em casa.

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