Exposições movimentam a agenda cultural de Curitiba neste mês, aproximando pessoas de todas as idades e classes sociais, da arte e proporcionando formas diferentes de diversão e conhecimento. Entre as atrações está ?Volpi – O Mestre de Sua Época?, a primeira mostra individual do artista italiano Alfredo Volpi realizada em Curitiba. As 117 pinturas podem ser vistas até 30 de setembro.

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As obras fazem uma retrospectiva encantadora da obra de um dos mais respeitados artistas da década de 50 e referência mundial na atualidade. Entre as obras destacam-se ?Manequins e Melancias? (1950), ?Sereia? (1960) e ?Grande Barco Negro? (1960), além de ?Bandeirinhas e Mastros? (metade dos anos 60), obra símbolo da exposição. Volpi é considerado um intuitivo, interessado nos elementos de composição, luz e cor dos cenários.

Criando um espaço para a interação cultural entre países, o Museu também expõe ?A Missão Artística Francesa?, até 29 de julho. A mostra traz 76 obras de artistas plásticos integrantes da missão que veio ao Brasil a convite da corte portuguesa. Pinturas, esculturas e desenhos retratam paisagens, cidades e desenhos de arquitetura que narram a história e retratam as personalidades do início do século XIX. Faziam parte da missão, liderada por Joaquim Lebreton, os pintores Jean Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay, o gravador Charles Simon Pradier, os escultores Auguste Marie Taunay, os irmãos Marc e Zepherin Ferrez e o arquiteto Grandjean de Montigny.

O Museu Oscar Niemeyer promove também ?Matéria e Cor – Percurso Pictórico de Malagoli?, que apresenta pinturas do paulista Ado Malagoli (1906-1994) sobre a figura humana, a paisagem da região Sul e natureza morta; e ?Coleção Argentina de Arte Contemporânea?, com 129 obras feitas desde o ano de 1930. Curitiba é a primeira cidade fora da Argentina a receber a exposição.

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Casa Andrade Muricy

Devido a seu enorme sucesso, foi prorrogada para 29 de julho a exposição fotográfica ?O Brasil de Pierre Verger?. Considerada como uma das exposições mais fantásticas realizadas na Casa Andrade Muricy pela Secretaria da Cultura, a exposição mostra um acervo quase inédito, que conta a trajetória de Verger no Brasil. As fotos misturam o preto-e-branco com técnicas modernas e diferentes formatos, como o vídeo, e revelam de uma forma excepcional o cotidiano na cidade e no campo, com contrastes sociais das décadas de 40 e 50 que, ainda hoje, são vistos e vividos pelos brasileiros.

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Museu Paranaense

Pinturas e desenhos estão em evidência na agenda cultural de Curitiba. Até o dia 11 de novembro, os interessados nessa vertente da arte podem apreciar o trabalho dos europeus Karla e Vladimir na exposição ?A Natureza na Arte dos Irmãos Kozak?. Com diferentes habilidades, eles criam um trabalho elegante, leve e belo. Karla se inspirou na rica flora brasileira, reproduzida com perfeição pelos pincéis e tintas coloridas. Vladimir completa o cenário com plumária, técnica que utiliza plumas e penas para reproduzir os adornos usados pelos índios no corpo, como máscaras e enfeites, além da retratação de indígenas, em um trabalho de desenho, pintura a óleo e acrílica.

Museu Alfredo Andersen

A exposição ?Sentir o Sentido? da artista plástica Helga Tytlik apresenta 28 obras desenvolvidas a partir da encáustica, técnica milenar de pintura do Egito Antigo e Grécia que utiliza pigmentos diluídos em cera de abelha derretida sobre cerâmica, madeira e marfim, pouco utilizadas por artistas. A exposição se estende até o dia 26 de agosto e possibilita o contato do público com as obras, já que as pessoas não resistem a tocá-las, pois o resultado da mistura das matérias, feita pela artista, cria uma textura que desperta o desejo do toque.

Secretaria de Estado da Cultura

A arte contemporânea é tratada de forma surpreendente na exposição CineMIScope, que acontece até 17 de agosto, no hall da Secretaria. O público vai viajar no tempo com imagens de atores famosos do cinema mundial, projetores e filmadoras, capas de discos e mini-cartazes originais de filmes, como ?É Proibido Beijar? e ?Apassionatta? (dos Estúdios Vera Cruz), e ?O Mundo dos Aventureiros, de Lewis Gilbert. A exposição traz também o incrível álbum de figurinhas ?Ídolos da Tela?, moda nos anos 50, além de um cd com cem músicas do cinema desde os anos 30, preparado especialmente para a trilha sonora da exposição.