Um dos maiores colecionadores brasileiros de arte, o ítalo-brasileiro Domingos Giobbi, de 85 anos, emprestou parte de seu acervo pessoal, que orna lindamente o interior de seu apartamento em São Paulo, para a mostra “Coleção Domingos Giobbi – Arte, Uma Relação Afetiva”, na Estação Pinacoteca. Em cartaz até 5 de dezembro, a exposição reúne 115 obras de arte sacra e profana brasileira, com destaque especial para as imagens religiosas em barro cozido, que datam dos primeiros séculos da colonização portuguesa no País.
Outra parte relevante da mostra reserva espaço para pinturas e desenhos de Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, José Antonio da Silva e Lasar Segall, entre outros artistas importantes. Além disso, o visitante poderá conferir peças de mobiliário e, logo na entrada, um conjunto de leões em cerâmica postados como se fossem guardiães, protetores do espaço. As obras são de Nuca de Tracunhaém (PE), considerado um dos mais renomados artistas populares.
“Uma coleção tão importante quanto essa não se faz de uma hora para outra. Na realidade, foi um processo que teve início dos anos 1950. Ou seja, são mais de 50 anos de colecionismo”, explica a curadora Maria Alice Milliet, historiadora e crítica de arte. Segundo ela, foram dois anos dedicados à pesquisa e catalogação das peças pertencentes ao acervo de Giobbi.
Fruto de uma parceria entre a Fundação José e Paulina Nemirovsky e a Pinacoteca do Estado de São Paulo, “Coleção Domingos Giobbi – Arte, Uma Relação Afetiva” faz parte do projeto Coleções Paulistanas, que será desenvolvido em 4 módulos. A cada ano, uma coleção ganhará atenção especial, levando-se em consideração a importância do colecionismo privado em São Paulo e sua contribuição para a constituição da história da arte brasileira. As informações são do Jornal da Tarde.
Coleção Domingos Giobbi – Arte, Uma Relação Afetiva – Estação Pinacoteca (Largo General Osório, 66). Tel. (011) 3331-3768 e 3225-9082. Terça a domingo, das 10 às 18h. Até 5/12. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Grátis aos sábados.