Jimi Hendrix saiu revigorado do último show que fez em Londres, no teatro Saville, antes de retornar aos Estados Unidos, mais precisamente no dia 4 de junho de 1967. Diante de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, o franzino rapaz norte-americano mostrou à melhor banda do mundo quem é que mandava na terra da rainha.

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Sem o menor constrangimento, ligou a distorção da guitarra e tocou uma versão frenética de Sgt.Peppers Lonely Heart Club Band, que acabara de ser lançada. “Deixem os ouvidos bem abertos”, disse o imponente jovem. Ninguém acreditou no que ouviu naquela noite. Afinal, Paul tinha acabado de entregar o recém-lançado disco Sgt.Peppers a ele. Como Hendrix pode ter tanta força e improvisar aquilo em apenas algumas horas?

O local ferveu e o mundo da música, mais especificamente o rock, se curvou diante de Jimi Hendrix. O negro franzino de Seattle finalmente ganhava seu reconhecimento. Este período londrino tão importante do guitarrista poderá ser visto na exposição Hear My Train a Comin’: Hendrix Hits London, que chega a São Paulo no dia 10 de junho no Shopping JK Iguatemi, na zona sul da cidade. Roupas, objetos pessoais, vídeos de shows históricos e alguns instrumentos emblemáticos utilizados por ele estarão na mostra.

Hear My Train a Comin’: Hendrix Hits London traz algumas peças interessantes, como um pedaço da guitarra queimada por ele no Festival de Monterey, no México, em 1967, e uma cópia do contrato assinado pelo próprio Hendrix para se apresentar no Festival de Woodstock, dois anos depois, em 1969. “O foco da exposição é o período em que Jimi esteve em Londres. No entanto, é impossível ignorar todas aquelas coisas que já ouvimos sobre ele. Jimi era completo. Um gênio que revolucionou o jeito de tocar guitarra”, afirma o curador Jacob McMurray, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

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