Mostra em SP revê história do diretor de teatro Zé Celso

Aos 72 anos, o diretor José Celso Martinez Corrêa diz não ter medo da morte, mas que gostaria de viver por muito tempo. Com o desejo de ter sua obra reconhecida ainda em vida – e não de virar nome de rua depois de morrer – ele confessa que ultimamente se emociona com facilidade.

Na década de 1980, em Brasília, Zé Celso gravou um vídeo bradando os versos do samba de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, que dizia “se alguém quiser fazer por mim, que faça agora”. A partir de hoje, o diretor e fundador do grupo de teatro Oficina tem seu pedido atendido, com a Ocupação Zé Celso, exposição no Itaú Cultural, em São Paulo, que divide com o público toda sua trajetória.

Com 12 espaços cenográficos, a mostra aborda praticamente a vida inteira do diretor, já que traz fotos inéditas de Zé Celso ainda bebê até uma conversa que ele teve na semana passada pelo Skype com a curadora Elaine César.

Além disso, um ambiente é formado com cerca de mil anotações feitas por Zé Celso durante seu processo criativo. “Ninguém vai ver tudo. Existe um excesso proposital, porque o Zé é um excesso. Ninguém consegue acompanhá-lo por inteiro. Existem mil Zés Celsos”, diz Marcello Drummond, ator do Teatro Oficina há mais de 20 anos, e um dos curadores da mostra.

Ocupação Zé Celso. Itaú Cultural – Avenida Paulista, 149. Tel. (011) 2168-1776. 10 h/21 h (sáb. e dom. até 19 h; fecha 2.ª). Grátis. Até 6/9. Abertura hoje, às 20 h, para convidados.

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