Nada como um evento bem consolidado. Antes mesmo de falar sobre a 28.ª Mostra Internacional BR de Cinema, que começa dia 22, vale dizer o que já pode ser publicado sobre a 29.ª, no ano que vem. A coletiva da mostra, realizada na quarta-feira à noite, no Unibanco Arteplex, foi palco de dois anúncios importantes – o representante da Petrobras, Sérgio Bandeira de Mello, confirmou que o patrocínio da próxima edição está garantido, na medida em que a empresa já colocou a verba destinada para isso na previsão orçamentária de 2005.

Maior realização de cinema em São Paulo – e um dos maiores do País -, a 28.ª Mostra vai exibir – de 22 a 4 de novembro – 329 filmes (268 longas e 61 curtas) em 19 salas da cidade, incluindo algumas que estão sendo incorporadas ao acontecimento – o Cine Ipiranga, a dois passos da esquina famosa, Av. Ipiranga com São João; a Faap e o Olido, na Galeria Olido. O lounge, instalado no ano passado no antigo Astor (Conjunto Nacional, na Av. Paulista), voltará a ser ativado e estará aberto diariamente das 10 às 23 horas. A partir de sábado, começa a venda de pacotes de ingressos que custam de 100 a 290 reais.

Leon Cakoff define como ‘maluquice’ a festa do cinema que realiza há 28 anos. Durante todo este tempo, a mostra consolidou-se como um espaço de resistência cultural. Dois dos homenageados deste ano – o iraniano Kiarostami e o israelense Gitai – , tornaram-se conhecidos graças à mostra, que foi a primeira a exibir seus filmes no Brasil. Ambos ganham retrospectivas, livros e exposições de fotos. A de Kiarostami conta com o apoio do Festival de Turim, na Itália; a de Gitai, que assina a arte do cartaz, do Centro Georges Pompidou, o Beaubourg, em Paris.

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