O show biz é um sobe e desce contínuo, glória e derrocada, mas no bondinho do Pão de Açúcar ele sempre foi mais para cima do que para baixo. Quem revela esse movimento – e a história da chamada Concha Verde da Urca – é um livro lançado em abril pela Editora Lacre no Rio de Janeiro e que já se configura como essencial para conhecer uma parte fundamental da história da música brasileira e internacional.
“Morro da Urca: Estação da Música” (136 págs., R$ 95) foi feito sob encomenda para a celebração do centenário do bondinho, em 27 de outubro do ano passado. Tem texto e pesquisa do jornalista Antonio Carlos Miguel (de O Globo) e da historiadora Monique Sochaczewski e recupera a crônica de uma era de esplendor da música e da vida brasileira. Os autores fuçaram arquivos desde o da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos até acervos particulares, passando pela Cinemateca, jornal Última Hora e O Globo, Getty Images, entre outros.
O trabalho foi uma iniciativa da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar e salienta os eventos culturais que acompanharam a história do morro. “Fui contratado e me envolvi com o projeto, já que acompanhei todos os projetos musicais que subiram o Morro da Urca, desde a Concha Verde, em 1977, quando eu engatinhava no jornalismo musical”, contou o crítico de música e repórter Antonio Carlos Miguel.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.