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Morre Steve Ditko, aos 90 anos, um dos criadores do Homem-Aranha

É Stan Lee quem aparece em quase todos os filmes da Marvel Comics, sempre como um agrado aos fãs que reconhecem o icônico criador de personagens importantes das HQs. Mas Lee quase nunca esteve sozinho nessa empreitada de criar esses heróis. Às vezes, os ilustradores e desenhistas não queriam os holofotes. Era o caso do grande Steve Ditko, morto aos 90 anos.

Pouquíssimo midiático, Ditko era uma incógnita. A verdade, inclusive, é que não se sabe se ele sequer foi casado – ou se tinha herdeiros. Sua morte também é misteriosa. O site TMZ, conhecido por ter fontes em todos os cantos (principalmente entre policiais e corpo de bombeiros), afirma que Ditko morreu ainda em 29 de junho, uma quinta-feira. Seu corpo, contudo, foi encontrado por um assistente social que, ao perceber o sumiço do artista, foi até seu apartamento, em Nova York, para encontrá-lo.

Ainda de acordo com o site TMZ, o médico legista que examinou o corpo do artista identificou a causa da morte como um ataque cardíaco causado pelo entupimento das artérias.

Discreto na vida midiática, Ditko era o mestre da estravagância das cores, principalmente quando o assunto era sua segunda mais famosa criação, novamente ao lado do gênio Stan Lee, o Doutor Estranho, personagem que ganhou carne e osso nos cinemas recentemente, interpretado pelo britânico Benedict Cumberbatch.

Mas, antes, voltemos ao Homem-Aranha, criação ao lado de Stan Lee, cuja primeira aparição se deu em Amazing Fantasy, de 1962. Ditko não era a primeira opção de Lee para a criação e concepção do personagem. A princípio, o então editor-chefe da Marvel convocou o parceiro Jack Kirby para a função – outro lendário artista que deu forma a nomes como Capitão América, Quarteto Fantástico, Hulk e X-Men. Os esboços de Kirby sobre esse herói adolescente com poderes de aranha não agradaram Lee que, então, apelou para Ditko.

Estão na conta do artista, por exemplo, a ideia dos atiradores de teia que o personagem usa até hoje – embora a versão dos cinemas dirigidas por Sam Raimi tenham criado os “lançadores orgânicos”, como se o corpo de Peter Parker produzisse as próprias teias. Ditko também é responsável por criar o visual mais clásssico do simpático Cabeça de Teia, como o personagem é chamado pelos fãs, e, principalmente, pelo visual do uniforme com as cores azul e vermelho, que se mantém até hoje no visual do personagem.

Doutor Estranho é o segundo trabalho mais importante – em termos de popularidade – do artista nascido em 2 de novembro de 1927, na cidade de Johnstown, no estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos. Um ano depois de estrear Homem-Aranha, Ditko se colocou a pensar no visual de Estranho, o médico que, por conta de um acidente, perde parte dos movimentos das mãos e acaba por se tornar um mago.

Com o a chegada do fim dos anos 1960 e da psicodelia, Ditko se permitiu criar ambientes e cenários místicos, psicodélicos e, por vezes, surrealistas para o personagem que vaga por diferentes realidades paralelas e universos próprios.

Depois de 1966, Ditko e Lee divergiram sobre o destino dos personagens e não há registro de que o autor tenha visto algum de suas criações nas telas de cinema.

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