Mais famoso biógrafo de Sigmund Freud, o historiador judeu de origem alemã Peter Gay morreu na segunda-feira, 11, em sua casa, em Nova York, aos 91 anos, ‘de velhice’, segundo informou Elizabeth Glazer, sua enteada.
Judeu de origem alemã, Gay tinha pouco mais de 10 quando escapou da Alemanha de Hitler, em 1933. Nos Estados Unidos, dedicou sua vida a pesquisar a história que deixou para trás, produzindo estudos e biografias de personagens da cultura europeia. Foram mais de 25 livros, e o mais conhecido deles é justamente Freud: Uma Vida Para o Nosso Tempo.
Entre seus livros publicados no Brasil estão, ainda, O Século de Schnitzler, em que o diário do escritor austríaco Arthur Schnitzler, de quem Freud tanto gostava, serve de guia a construção de um retrato da burguesia vitoriana do século 19; e Represálias Selvagens – Realidade e Ficção, com três ensaios sobre os romances Casa Sombria (1853), de Charles Dickens, Madame Bovary (1857), de Gustave Flaubert, e Os Buddenbrook (1901), de Thomas Mann. Sua ideia era mostrar que as obras mais representativas do realismo literário constituem documentos de valor para o historiador. Seus livros são publicados no Brasil pela Companhia das Letras.