Morre o fotógrafo Henri Cartier-Bresson

O francês Henri Cartier-Bresson, considerado por muitos um dos maiores fotógrafos do século XX, morreu aos 95 anos, informou nesta quarta-feira o canal de TV LCI. Segundo amigos, ele foi enterrado numa cerimônia reservada no vilarejo de uma cidade de Isle-sur-la-Sorgue, no sul da França. O fotógrafo estava muito doente e já se recusava a comer, mas a causa da morte não foi divulgada.

Avesso a publicidade, Cartier-Bresson foi um dos fundadores da agência Magnum, em 1947. Nascido em 1908 em Chanteloup, próximo a Paris, ele estudou arte antes de começar a fotografar, nos anos 30. Bresson contribuiu para transformar a fotografia de passatempo da classe alta para uma profissão respeitada.

Segundo alguns críticos, Cartier-Bresson ganhou fama em parte por estar no lugar certo na hora certa e conseguir capturar em filme o que gostava de chamar de “o momento decisivo”. Numa carreira na qual visitou 23 países, Bresson documentou a guerra civil espanhola, nos anos 30, a libertação de Paris no fim da Segunda Guerra Mundial, a morte de Ghandi e a queda de Pequim perante as forças de Mao, em 1949.

Em 1954, o francês também se tornou o primeiro fotógrafo ocidental a entrar na União Soviética depois da morte do ditador Josef Stalin no ocorrida no ano anterior. Trinta anos depois, Cartier-Bresson aposentou a câmera fotográfica e resolveu se dedicar à outra paixão de sua vida – desenhar.

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