Morreu neste domingo, em Lisboa, aos 72 anos, depois de uma longa luta contra o câncer, o poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo e político Vasco Graça Moura. Ele era, também, presidente do Centro Cultural de Belém.

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Graça Moura estreou na poesia com Modo Mundano, em 1963. Ao longo das últimas cinco décadas, publicou cerca de 30 livros de poemas – o último, O Caderno da Casa das Nuvens, foi lançado em 2010. Foi também tradutor de, entre outras obras, A Divina Comédia, de Dante Alighieri, e dos sonetos de Shakespeare.

Nascido no Porto em 1942, Graça Moura formou-se em pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1966. Atuou na área e ingressou na política após a Revolução dos Cravos e após ter se filiado ao Partido Popular Democrático (atual PSD). Exerceu cargos públicos, entre os quais o de administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1979-1989) e o de diretor do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian.

Publicou, ainda, obras como Luís de Camões – Alguns Desafios (1980) e Camões e a Divina Proporção (1985) e romances como A Morte de Ninguém (1998) e Enigmas de Zulmira (2002).

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Entre suas últimas bandeiras, o repúdio ao Acordo Ortográfico. E entre as homenagens recebidas, o Prêmio Pessoa, o Prêmio Vergílio Ferreira e os prêmios de poesia do PEN Clube Português e da Associação Portuguesa de Escritores.