O cantor Agnaldo Timóteo morreu neste sábado (3) no Rio de Janeiro vítima das complicações decorrentes da Covid-19. Ele tinha 84 anos e estava internado desde o dia 17 de março na UTI do Hospital Casa São Bernardo, na Zona Oeste do Rio. No último dia 27, precisou ser intubado para “ser tratado de forma mais segura” contra a doença.
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A notícia da morte do cantor foi divulgada pela família, em nota. “É com imenso pesar que comunicamos o FALECIMENTO do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do COVID-19 e faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha”, disse a família.
O cantor chegou a tomar as duas doses da vacina contra a covid-19, mas médicos acreditam que ele foi infectado no intervalo entre a primeira e a segunda dose. Timóteo tomou o reforço do imunizante no dia 15 de março, dois dias antes da internação.
Em maio de 2019, o artista sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e precisou ser colocado em coma induzido. Ele se recuperou, mas precisou fazer fisioterapia para recuperar os movimentos das pernas.
Carreira musical e política
Agnaldo Timóteo Pereira, mais conhecido como Agnaldo Timóteo, nasceu em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. Na década de 1960, iniciou a carreira de cantor ao mudar-se para o Rio de Janeiro para trabalhar como motorista particular para o empresário e produtor Kléber Lisboa, cuja esposa era a consagrada cantora Angela Maria.
Ela foi a fiadora da carreira artística de Timóteo, que se consolidou como intérprete de músicas românticas e bregas. Foram mais de 50 anos de carreira musical. Ele lançou mais de 30 LPs, mais de 20 CDs e três DVDs. Interpretou sucessos como “Mamãe” (versão de “La Mamma”, de Charles Aznavour), “Meu grito” (canção de Roberto Carlos), Ave-Maria”, “Verdes campos” e “A galeria do amor”.
Na política, teve mandatos como deputado federal e vereador em São Paulo e no Rio de Janeiro. Começou em 1982, quando foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro pelo PDT. Quatro anos depois, candidatou-se ao governo do Rio, mas foi derrotado por Moreira Franco.
Em 1994, foi reeleito deputado federal e renunciou dois anos depois para assumir como vereador na cidade do Rio de Janeiro. Em 2005, assumiu como vereador em São Paulo pelo Partido Progressista, tendo sido reeleito em 2008.