Gilbert E. Kaplan, editor e economista norte-americano, não tinha formação musical, mas virou regente – de uma única peça, a Segunda Sinfonia (Ressurreição) de Mahler. Personalidade que despertava curiosidade no mundo musical, Kaplan morreu no dia 1º., aos 74 anos, de câncer, segundo sua filha Emily. Kaplan fez sua estreia como maestro em 1982, após exaustivos estudos da complexa sinfonia de Malher, na qual se tornou um especialista, proferindo palestras, regendo e gravando a obra com orquestras importantes, inclusive a Filarmônia de Viena.
A sinfonia estreou em 1895 e foi registrada por maestros como Claudio Abbado e Leonard Bernstein. Obra de grande complexidade, que exige um grande grupo orquestral (mais de uma centena de músicos), a sinfonia Ressurreição era uma obsessão de Kaplan, empresário de sucesso que fundou, em 1967, a revista Institutional Investor. Kaplan estudou nove horas por dia a sinfonia até subir ao pódio pela primeira vez, em1982, e dirigir a American Symphony Orchestra. Ele regeu a sinfonia de Mahler mais de uma centena de vezes.