Morreu ontem, aos 89 anos, o lendário cineasta sueco Ingmar Bergman. Considerado um dos mais importantes diretores do século 20, ele é o autor de clássicos como O sétimo selo, Morangos silvestres e Cenas de um casamento.
A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela família. Bergman foi um dos fundadores da Academia Européia de Cinema, em 1988, e durante sua longa carreira foi indicado ao Oscar nove vezes. Ele venceu a estatueta de melhor filme estrangeiro três vezes. O diretor sueco também foi premiado diversas vezes nos Festivais de Berlim e Cannes.
Ingmar Bergman começou sua carreira nos anos 1950s e dirigiu mais de 40 filmes, entre eles Gritos e sussurros, Fanny e Alexander, Persona e O silêncio, que o elevaram ao status de um dos maiores mestres do cinema moderno.
Nascido no dia 14 de julho de 1918 em Uppsala, ao norte de Estocolmo, Ingmar Bergman foi casado cinco vezes, teve nove filhos e sua vida privada o levou a ser alvo da atenção pública em vários momentos. Ele foi casado com mulheres belas e talentosas, além de várias relações amorosas com suas atrizes principais, dentre elas Liv Ul-lman, com quem teve uma filha, Linn Ullman.
Ingmar Bergman exorcizou sua infância traumática por meio de obras-primas do cinema, que exploraram a ansiedade sexual, a solidão e a busca por um sentido na vida. A morte também era um dos temas preferidos do diretor e estava presente em muitas de suas obras, como O sétimo selo e Morangos silvestres.
O carinho que Bergman dedicava à morte e ao sexo como temas fizeram do diretor o maior ídolo do cineasta americano Woody Allen. Diversos filmes de Allen, tais como Noivo nervoso, noiva neurótica, A última noite de Boris Grushenko e Memórias fazem referências a obras de Ingmar Bergman.
A Suécia prestou homenagem ao cineasta. Suas obras foram consideradas ?imortais? pelo primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt. ?Acredito que é difícil compreender e medir a enorme contribuição deixada por Bergman ao cinema e ao teatro da Suécia e do mundo?, afirmou em nota o premiê sueco.