O ator Fausto Cascaes, que morreu aos 84 anos, passou boa parte da vida na estrada, levando o teatro a comunidades que, na década de 50, nunca tinham assistido a uma peça.
“Foi uma grande perda para o teatro paranaense. Desde criança ele era envolvido com circo e teatro. Começou no teatro de pavilhão e batalhou a vida inteira pelo teatro e pelo trabalho em que ele acreditava”, afirma Eliane Berger, coordenadora geral do Fórum das Entidades Culturais, instituição a qual Fausto era filiado há 15 anos, desde a sua criação. No Fórum, o ator representava o teatro itinerante.
Com o amigo José Basso e outros companheiros percorreu o interior do Paraná.
“Fizemos um trabalho de bandeirantes, rodando no barro. Tenho orgulho de dizer que o teatro que existe no interior foi incentivado pelo nosso trabalho”, comenta Basso.
E completa: “ele tinha um perfil humanitário. Sempre pronto a ajudar todo mundo. Além de atuar, tinha o dom de fabricar cenários. E vi ele fazer isso sem cobrar nada”, lembra.
A causa da morte de Fausto Cascaes foi um AVC. Há sete meses não saía da cama, depois de ter sofrido uma queda que ocasionou a quebra do fêmur. Fez cirurgia, mas não conseguia dar início à fisioterapia. Fausto será velado na Capela Vaticano – Diamante, a partir das 21h, e o corpo será cremado amanhã no Cemitério Municipal.