Morreu às 10 horas de sábado (31), aos 84 anos, no Hospital Copa D’Or, no Rio, o crítico de cinema Antonio Moniz Vianna. Ele estava internado há 15 dias com pneumonia. Nascido em Salvador em 1924, Vianna cresceu no Rio, onde estudou Medicina.

continua após a publicidade

Em 1946, aos 21 anos, estreou como crítico no Correio da Manhã, onde escreveu sobre cinema até 1973, ano da morte de seu ídolo, o diretor norte-americano John Ford. Vianna também foi diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio, entre 1956 e 1965, e curador de mostras e festivais de cinema. Cerca de 90 de suas mais de 6 mil críticas foram publicadas no livro Um Filme por Dia: Crítica de Choque (1946-1973), publicado pela Companhia das Letras.

Emocionada, sua filha Isadora afirmou que Vianna foi “o inventor da crítica” de cinema no País e “deixou uma geração de seguidores, como Sérgio Augusto, Ruy Castro e Paulo Perdigão”. O cineasta Evaldo Mocarzel, que entrevistou Vianna para um documentário sobre a crítica ainda não produzido, disse que ele “militava por um cinema que contasse histórias e que fosse de grande expressão artística”.

continua após a publicidade