Morreu nesta quinta-feira, 17, aos 87 anos, o diretor de cinema e TV Carlos Manga.
Bancário que gostava de cinema, levou sua paixão para a Atlântida Cinematográfica, onde começou como almoxarife, até virar contra-regra, assistente de montagem, e por fim, ocupar lugar de destaque. Fez sucesso na era de ouro das chanchadas e corou sua trajetória como diretor de O Homem do Sputinik, um clássico com Norma Bengell, Oscarito e Cyll Farney.
Na TV, fez de minisséries e novelas a programas da linha de shows, como Chico City, de Chico Anysio, e Domingão do Faustão, onde não deixou boas lembranças. Foi sob sua gestão que o programa tropeçou no episódio mais polêmico de sua história, o sushi erótico, que levava uma modelo ao palco, nua, coberta por menu japonês que era, aos poucos, ingerido por três convidados.
Manga encerraria ali sua trajetória nos auditórios, mas deixa boas referências na TV com títulos como o remake de Anjo Mau, (1997), Torre de Babel (1998), Eterna Magia (2008) e algumas das mais primorosas minisséries de seu tempo, como Agosto (1993), de Rubem Fonseca, Memorial de Maria Moura, baseada na obra de Rachel de Queiroz, e Um Só Coração, seu último trabalho, de 2004, de Maria Adelaide Amaral.