Morre ator curitibano Mário Schoemberger

Morreu ontem, aos 55 anos, em Curitiba, o ator Mário Schoemberger, um dos maiores nomes do teatro paranaense.

O ator encenou e foi premiado em diversas peças dirigidas e estreladas por artistas de renome no Estado e no País e era conhecido nacionalmente por sua atuação em novelas e no cinema.

Schoemberger nasceu na capital paranaense e estava na terra natal desde o ano passado, quando iniciou tratamento para um câncer de intestino, doença que o levou à morte.

A trajetória do ator começou no teatro, onde obteve destaque em diversas peças. Entre elas, As bruxas de Salém (1991), com direção de Marcelo Marchioro; A casa do terror (1996), de João Luis Fiani; O ventre do Minotauro (1998), com texto de Dalton Trevisan e direção de Marchioro; Os incendiários (2000) e Jantar entre amigos (Pequenos terremotos) (2001), com direção de Felipe Hirsch. Também produziu, escreveu e, ao lado de Enéas Lour, atuou na série Trecentina, um tributo à cidade de Curitiba.

Schoemberger também fez carreira na televisão, atuando em novelas e minisséries das redes Globo e Record. Estão em seu currículo Desejos de mulher (2002), Da cor do pecado (2004) e Vidas opostas (2006), além de participação nas minisséries Os aspones, em 2004, e A diarista e A grande família, em 2005.

No cinema, estrelou produções como O cheiro do ralo, Mulheres do Brasil, Trair e coçar é só começar e Os normais.

O ator recebeu ainda premiações, como o Troféu Gralha Azul, com o qual foi premiado nas edições 1990-1991, na categoria Ator, por Mistérios de Curitiba; em 1996, na categoria Texto Infantil, por Peter Pan e a Terra do Nunca, e em 1998, por seu trabalho em O Ventre do Minotauro, como Melhor Ator.

Sua morte entristeceu o mundo artístico. O diretor e ator teatral João Luis Fiani recebeu com pesar a notícia da morte do amigo de mais de 30 anos. ?Era um dos maiores, senão o maior artista paranaense. Ele conseguia reunir a comédia e o drama com perfeição?, resumiu. Descrevendo-o como uma pessoa alegre e feliz, o amigo de longa data, que contracenou e dirigiu Schoemberger em muitos trabalhos, garante que ele viveu intensamente, mas não merecia o que passou – foram seis meses internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, desde que descobriu a doença, no final do ano passado. ?Um ambiente vazio, que ele odiava?, lamenta.

Mário Schoemberger está sendo velado desde a noite de ontem na Sala de Exposições do Teatro Guaíra. O corpo deixará o local hoje, às 16h, e seguirá para o Crematorium Metropolitan, em São José dos Pinhais, onde será cremado. 

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