O sambista Renato Cardoso das Neves, o Renatinho Partideiro, morreu na noite deste sábado, 11, aos 50 anos, em decorrência de uma insuficiência renal crônica. O músico era diabético e faleceu logo após chegar ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio.
Renatinho era diretor do bloco Cacique de Ramos, fundado na década de 1960 e considerado o berço de grandes nomes do samba, como o grupo Fundo de Quintal e os compositores Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz.
O apelido de Renatinho veio da relação do compositor com o samba de partido-alto, cantado em forma de desafio e com versos de improviso. Ele cresceu frequentando a quadra da Caprichosos de Pilares, agremiação fundada por seus tios, e herdou do pai versador o talento para compor suas rimas. “A gente faz samba tirado da alma”, costumava dizer Renatinho sobre seu envolvimento com os partideiros do Cacique. Seu reconhecimento no meio artístico o consagrou como líder da roda de samba do bloco, que acontece todos os domingos na quadra da agremiação.
O presidente do bloco, Bira, lamentou a morte do intérprete e avisou que neste domingo, 12, não haverá a tradicional roda de samba. “Amado pela nação caciqueana, Renatinho Partideiro foi o maior intérprete da agremiação cinquentenária, deixa um filho e toda tribo do samba”, afirmou em nota. O velório está sendo realizado no Cemitério de Inanhaúma, em Del Castilho, zona norte do Rio.