Ave Maria não morro – uma opereta experimentosa de chuveiro. Este é o título do espetáculo do Grupo Processo Multiartes, que está em cartaz no Teatro Experimental (TEUNI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.
A montagem mistura teatro, canto e dança, tendo sido baseado em contos do livro (Cancha 2) – cantigas para perverter juvenis, de Adriano Esturilho, que assina a direção da peça.
“Lancei o livro no final de 2007 e ele acabou dando origem à montagem. Para criar o roteiro, selecionamos seis contos da obra (que no total tem 25) e fizemos uma espécie de colagem. O resultado foi uma opereta que foge do tradicional e que discute a passagem da adolescência para a juventude e o conceito de aldeia (o local onde cada um vive)”, comenta Adriano.
O que difere Ave Maria não morro das operetas tradicionais, segundo o próprio diretor, é principalmente uma base musical mais contemporânea, onde são utilizados instrumentos considerados mais ruidosos, como guitarra, violão e bateria.
“O canto lírico é misturado ao canto popular, sendo que nem todos do elenco têm formação musical específica, e o trabalho de corpo das pessoas em cena também se faz presente. Além disso, trabalhamos a inserção de vídeos ao longo das apresentações. Buscamos fazer uma investigação de linguagem da ópera contemporânea”, afirma.
O espetáculo tem oito pessoas no elenco, entre cantores, atores e bailarinos. Além disso, conta com a participação de quatro músicos. Tem direção de corpo de Mariana Gómes e direção musical assinada por Jorge Falcón.
Serviço
Espetáculo Ave Maria não morro – uma opereta experimentosa de chuveiro.
Até 11 de dezembro, de terça à domingo, às 21h, no Teatro Experimental da UFPR (Praça Santos Andrade, UFPR, 2.º andar).
Apresentações gratuitas.