Depois de dois anos de espera, chega a Curitiba no dia 16 o espetáculo Daqui a duzentos anos, com Luis Melo, André Coelho e Edith de Camargo, sob direção de Márcio Abreu, que recebeu o reconhecimento da crítica com o Prêmio APCA /2005 de Melhor Ator de Teatro para Luis Melo. A montagem é resultante do grupo de estudos sobre Tchekhov do ACT – Ateliê de Criação Teatral sobre a obra o célebre escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904). A peça fez uma pré-estréia no Festival de Teatro de Curitiba de 2005 e depois seguiu viagem por vários Estados do país. Fez temporada nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e apresentou-se também Nova Iguaçu, Barra Mansa, Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, Santo André, Araraquara, Sorocaba, Campinas, Santos, Bauru, Catanduva, São José dos Campos, Ribeirão Preto, São Carlos e Brasília. Daqui a duzentos anos foi convidado para o Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (SP), para Festival Porto Alegre em Cena (RS) e ainda participou do Projeto Cine Horto Convida (Belo Horizonte e Ipatinga).
O sucesso que fez por onde passou mostra que apostar na combinação da simplicidade das palavras, num espetáculo intimista, com a valorização do ator, dá resultado. A peça Daqui a duzentos anos propõe a retomada da ênfase à palavra por meio dos textos de Tchekhov, gênio da arte ocidental. Com Luis Melo à frente do elenco, o trabalho foi baseado em três contos: O Amor, O Caso do Champanhe e A Brincadeira.
O início da temporada do espetáculo em Curitiba faz parte do projeto ACT abre suas Portas – 6 anos, que, além da temporada de Daqui a duzentos anos, também engloba o premiado espetáculo As Calcinhas da Flor, trabalho mais recente do ACT inspirado na Commedia Del´Arte, e uma exposição que registra todos os acontecimentos do Ateliê até o momento.
Com Luis Melo à frente do elenco, Daqui a duzentos anos tem direção de Marcio Abreu e foi baseado em três contos de Tchekhov: O Amor, O Caso do Champanhe e A Brincadeira. Toda a montagem é fruto de uma longa pesquisa, que começou em fevereiro de 2004 e envolveu oficinas, debates e workshops multidisciplinares, como sempre acontece no trabalho do ACT.
Daqui a duzentos anos trabalha, exatamente por causa da intenção de mergulhar na palavra em estado puro, com três contos que não fazem parte da obra dramatúrgica. "Era importante que fôssemos à palavra não-teatralizada. Nosso propósito é imergir na narrativa na frente do público, navegar com o espectador nas palavras de Tchekhov e traduzir esse encantamento sem truques, sem a concorrência do elemento cênico. E no fundo isso é que é teatro: alguém que tem uma bela história para contar a outro alguém que ouve", desafia Melo, que convidou o diretor Marcio Abreu para desenvolver o
projeto no ACT desde o início.
"A potência da narrativa de Tchekhov, cuja escrita cênica, aliás, foi responsável pelo surgimento de um novo perfil de ator na história do teatro, é o veículo ideal para explorar essa relação – o ator com a palavra, o ator com sua voz, sua capacidade de dar vida a um texto. É muito difícil e, por isso mesmo, muito prazeroso para todos nós". Um mínimo de enredo e o máximo de emoção, dizia o próprio escritor a respeito de seus contos. Essa experiência – minimizar os recursos e maximizar o ator e a história a ser
contada – vai ser compartilhada com o público a partir de 16 de março, em Curitiba.
Serviço:
Daqui a duzentos anos
Textos de Anton Tchekhov. Com Luis Melo, André Coelho e Edith de Camargo.
Direção de Marcio Abreu.
Data: de 15 de março a 15 de abril – de quinta a domingo.
Horário: Quinta a sábado às 21h. Domingo às 19h
Local: ACT Ateliê de Criação Teatral – Sala Kazuo Ohno. Rua Paulo Graeser Sobrinho, 305 São Francisco.
Informações: (41) 3338-0450
Ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada). Ingressos à venda no local.