Em mais de setenta anos dedicados ao desenho e à gravura, Marcello Grassmann (São Simão, interior de São Paulo, 1925) tornou-se um dos mais respeitados artistas no Brasil e no exterior.
O tenaz trabalho sobre os desenhos e as matrizes, em um contínuo aprimoramento de cada obra, resultou em uma carreira notável, com mais de quatro centenas de mostras realizadas e premiações em Bienais de São Paulo (1955/1959), Veneza (1958), Florença (1972) e Paris (1959).
“Nesta primeira mostra antológica estão reunidos trabalhos de desenhos, xilogravuras, litografias e gravuras em metal, com uma visão bastante ampla e definitiva sobre o trabalho do artista”, explica o curador Antonio Carlos Abdalla.
A exposição Marcello Grassmann – Sombras e sortilégios, que abre hoje no Museu Oscar Niemeyer (MON), exibe 420 obras das diversas fases percorridas por Grassmann.
Para reunir tantas obras em uma mesma exposição, o curador realizou visitas a diversos acervos até concluir a seleção. Abdalla selecionou exemplares de desenhos e xilogravuras da década de 1940 até os mais recentes, de 2008.
As litografias datam das décadas de 1950, quando Grassmann estudou em Viena, de 1960 a 1980. Dezenas de imagens das matrizes em metal, recentemente impressas pelo irmão do artista, Roberto Grassmann, para o livro organizado pelo paulistano Pedro Hiller. A exposição fica aberta até dia 29 de agosto.